Sete casos investigados por pirâmide financeira

Arte/UOL
Várias empresas são ou já foram investigadas, no Brasil e no exterior, por suspeita de atuarem pelo modelo de "pirâmide financeira". A modalidade é considerada ilegal porque só é vantajosa enquanto atrai novos investidores; assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Confira, nas fotos a seguir, alguns casos que ficaram conhecidos (alguns ainda sob investigação e outros que já resultaram em condenações)
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A Telexfree (Ympactus Comercial Ltda.) atua no Brasil desde março de 2012 vendendo planos de minutos de telefonia de voz sobre protocolo de internet (VoIP, na sigla em inglês). No fim de junho de 2013, o Ministério Público do Estado do Acre proibiu a empresa de operar e de buscar novos "divulgadores", por suspeita de formação de pirâmide. A Telexfree nega as acusações e diz ser "economicamente viável". A investigação está em andamento Mais
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O grupo BBom, que fornece rastreadores de veículos, também foi impedido pela Justiça de recrutar novos integrantes. Os participantes se associavam por meio de uma taxa de cadastro e de um valor de adesão. Depois, comprometiam-se a trazer novos associados e a pagar uma taxa mensal. A BBom diz que trabalha com marketing multinível. Segundo os Ministérios Públicos Federal e Estadual de Goiás, o produto seria apenas uma "isca". A investigação está em curso Mais
Danilo Verpa/Folha Imagem
A empresa Fazendas Reunidas Boi Gordo atraiu 30 mil investidores prometendo altos rendimentos com a venda do animal engordado. Investiu em anúncios com o ator Antônio Fagundes nos intervalos da novela "Rei do Gado", exibida pela TV Globo nos anos 1990. Porém, pagava os contratos vencidos com o dinheiro da entrada de novos investidores. Foi à falência, em 2004, deixando uma dívida de R$ 2,5 bilhões. Sua massa falida vem sendo leiloada para pagar os credores. A ação penal contra o criador do esquema, Paulo Roberto de Andrade, foi anulada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) porque o processo prescreveu Mais
Daniel Karmann/dpa/AP
A Avestruz Master vendia filhotes de avestruzes e prometia lucro certo, mas fazia a emissão irregular de títulos de investimento e vendia mais aves do que tinha. Fechou as portas e teve a falência decretada. A Justiça Federal de Goiás condenou dois filhos e o genro do dono a indenizar em R$ 100 milhões os investidores. O presidente, Jerson Maciel da Silva, faleceu em 2008. Estima-se que 50 mil pessoas foram lesadas, com prejuízo superior a R$ 1 bilhão Mais
Timothy A. CLARY/AFP
O norte-americano Bernard Madoff, Investidor e ex-presidente da Bolsa eletrônica Nasdaq, foi responsável por uma das maiores fraudes financeiras da história. Ele era dono de uma empresa que funcionava como corretora e pagava juros aos clientes antigos com o dinheiro que era injetado pelos novos. O golpe veio à tona em 2008, quando alguns investidores pediram para recuperar seu dinheiro em meio à crise econômica. Entre as vítimas estavam grandes bancos, instituições de caridade e celebridades, como o ator John Malkovich. Madoff foi condenado e está preso desde 2009 Mais
Mauricio de Souza/Jornal Hoje em Dia/Folhapress
O empresário Thales Emanuelle Maioline ficou conhecido como o "Madoff mineiro", em referência ao investidor norte-americano. Ele era dono da gestora Firv, uma espécie de clube de investimentos, mas não tinha autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para atuar no mercado financeiro. Era preciso atrair novos investidores para saldar os compromissos assumidos com os sócios mais antigos. Em 2012, Maioline e a Firv foram multados em R$ 500 mil cada um, e proibidos de atuar no mercado por dez anos Mais
NYT
O sobrenome do administrador de fundos Charles Ponzi acabou se transformando em sinônimo de pirâmide financeira no mundo todo. Nos Estados Unidos, nos anos 1920, ele prometia rendimentos de até 40% em 90 dias com a compra e revenda de selos postais. Usava o dinheiro dos novos investidores para reembolsar os antigos. Chegou a ser preso, mas depois foi solto; morreu no Rio de Janeiro, em 1949