Em 2014, ex-bilionário Eike vira réu por supostos crimes contra o mercado

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Dois anos depois de chegar à posição de homem mais rico do Brasil e sétimo do mundo, com fortuna estimada em US$ 30 bilhões, o empresário Eike Batista começa a ser julgado, em 2014, por crimes contra o sistema financeiro e é processado por lavagem de dinheiro Mais
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Antes dos problemas judiciais em 2014, Eike enfrentou o colapso de seu império em 2013. As empresas "X", como eram chamadas as companhias de energia, commodities e logística de Eike, que levavam a letra "X" no nome, apresentaram grandes perdas naquele ano. A falta de resultados e o pessimismo do mercado com relação ao futuro do grupo preocuparam investidores, e as ações despencaram. A fortuna do empresário evaporou e companhias foram vendidas, mudaram de nome ou pediram recuperação judicial Mais
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Em março de 2014, a petroleira OGPar (Óleo e Gás, ex-OGX), principal empresa do grupo de Eike, realizou leilão para se desfazer de itens de escritório que sobraram depois que a empresa se mudou do edifício histórico Serrador, no centro do Rio de Janeiro, para um local menor. O leilão teve de xícaras de café a chuveiro Mais
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A empresa de estaleiros OSX apresentou à Justiça, em maio, um plano de recuperação judicial, antiga concordata, que prevê o pagamento da sua dívida, de R$ 4,5 bilhões, em 25 anos. Os ativos da companhia incluem um estaleiro inacabado no Porto de Açu, no norte do Rio. Em novembro, depois de prejuízo de R$ 169,8 milhões no terceiro trimestre, a empresa apresentou novo plano de recuperação Mais
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A OGPar (ex-OGX), então controlada por Eike, teve seu plano de recuperação aprovado pelos credores. É o maior plano de recuperação de uma empresa já feito no Brasil. A empresa devia cerca de US$ 5,8 bilhões a fornecedores de serviços de petróleo e fundos de investimento, entre outros Mais
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A Justiça do Rio determinou o bloqueio dos valores depositados nas contas de Eike até o limite de R$ 1,5 bilhão, em setembro. O montante seria equivalente ao dano supostamente causado por ele em crimes contra o mercado financeiro. O advogado de Eike, Sérgio Bermudes, disse que as contas do ex-bilionário só cobrem as "despesas do dia a dia" e que uma delas tem apenas R$ 1 de saldo Mais
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Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", em setembro, o empresário disse que voltar à classe média foi um "baque gigantesco". A frase gerou piadas nas redes sociais, com a hashtag "EikeBatistaClasseMédia". Eike esclareceu, no Twitter, que "a menção à classe média referia-se a sua capacidade (da classe média) de adaptar-se a situações adversas" Mais
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A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu, em setembro, o 13º processo contra Eike, por aprovação irregular das contas da OGPar. Todos os processos, que ainda estão em andamento, se referem à suposta infração às leis que regem o mercado de capitais. Sete foram abertos em 2014
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A mineradora MMX se tornou a terceira empresa do grupo "X" a entrar com um pedido de recuperação judicial, depois da OGPar e da OSX. O pedido foi aceito pela Justiça de Belo Horizonte (MG), em outubro Mais
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Em outubro, Eike entregou o controle da OGPar (ex-OGX) aos credores. A petroleira converteu em ações os R$ 13,8 bilhões de dívidas, com o objetivo de distribuí-las entre os credores que participam da reestruturação da dívida. Eike se tornou acionista minoritário e a empresa deixou de ter um acionista controlador Mais
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Em novembro, Eike participa da primeira audiência de seu julgamento em processo por crimes contra o mercado financeiro, no Rio de Janeiro. Ele é acusado de manipulação do mercado e uso de informação privilegiada ao negociar ações da OGX, o que teria causado prejuízo a investidores. O juiz federal que presidiu o julgamento, Flávio Roberto de Souza, classificou o momento como "histórico" Mais