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Fotos

O Brasil tinha hiperinflação desde os anos 80. Em 1993, a inflação foi de 2.477,15% ao ano (IPCA). Só no mês de junho de 1994, antes de o real entrar em circulação, a inflação foi de 47,43%. Um carro popular de R$ 35 mil custaria quase R$ 500 a mais no dia seguinte. Um ano depois, sairia a R$ 3,74 milhões Marcos Farrell/UOL Mais

As empresas não conseguiam planejar seus custos, e os salários dos trabalhadores, apesar de serem reajustados mensalmente, não acompanhavam a alta dos preços. Antes do real, foram feitos outros planos, como o cruzado (no governo de José Sarney, de 1985 a 1990), que congelaram preços para tentar derrubar a inflação, mas não resolveram. Sempre faltava mercadoria, e os produtos eram vendidos no mercado negro, por preços mais altos. Havia fila para comprar de carne a carros Marcos Farrell/UOL Mais

O Plano Real começou a ser elaborado em 1993, no governo do presidente Itamar Franco (1992-94), morto em 2011. O ministro da Fazenda era Fernando Henrique Cardoso. Ele criou um grupo com André Lara Resende, Edmar Bacha, Gustavo Franco, Pedro Malan e Persio Arida, responsáveis pelo projeto Marcos Farrell/UOL Mais

O Plano foi dividido em três fases. A primeira ajustou as contas públicas, cortando despesas do governo. A segunda etapa foi a implantação da URV (Unidade Real de Valor), uma moeda virtual. O último estágio foi a transformação da URV no real. Os planos anteriores eram feitos de surpresa e em finais de semana. O lançamento do real foi avisado com antecedência de meses, e preparado com o uso da URV. Essas são duas das razões de o plano ter dado certo, segundo economistas Marcos Farrell/UOL Mais

Nas lojas e supermercados, os preços foram remarcados com valores em URV. A URV não era uma moeda física; foi apenas uma unidade de conversão. A moeda que estava em circulação era o cruzeiro real. O valor da URV em relação ao cruzeiro real era corrigido diariamente. No seu primeiro dia de funcionamento, 1 URV valia CR$ 647,50 (cruzeiros reais). No dia seguinte, o valor passou a CR$ 657,50 Marcos Farrell/UOL Mais

O frango foi um símbolo do Plano Real, pois um quilo podia ser comprado com 1 URV. Na prática, o preço do frango estaria marcado como 1 URV na prateleira do mercado. No caixa, o valor seria convertido e pago como o cruzeiro real. No primeiro dia em que a URV começou a valer, por exemplo, o frango custaria CR$ 647,50 Marcos Farrell/UOL Mais

A URV começou a valer em 1º de março de 1994 e tinha data marcada para acabar: 30 de junho de 1994 (no dia seguinte, 1º de julho, passava a circular o real). Em julho, 1 URV virou R$ 1 (um real). Segundo economistas, a URV é que foi a grande ideia. Mesmo se um vendedor não subisse o preço do seu produto, o valor estaria sendo corrigido diariamente. Se um quilo de frango custasse 1 URV num dia, e esse preço em URV fosse mantido por um mês, ainda assim o valor estaria sendo corrigido. O vendedor receberia CR$ 647,50 por 1 kg de frango no primeiro dia de funcionamento da URV, por exemplo, e um número maior de cruzeiros reais dali a um mês Marcos Farrell/UOL Mais

A valorização da URV teria ajudado psicologicamente o brasileiro a se livrar da hiperinflação, pois ajudou a organizar o aumento de preços, que antes era feito com base na expectativa de inflação futura, e não só no aumento real de custos. Quando chegou 1º de julho de 1994, parecia justo para produtores, vendedores e clientes que um frango custasse R$ 1 (e todos os outros produtos também mantivessem seu preço em real) Marcos Farrell/UOL Mais

Plano Real completa 21 anos; entenda

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