Cerca de 470 mil brasileiros podem receber compensações financeiras em 2023 referentes aos planos econômicos dos presidentes José Sarney e Fernando Collor.
Poupadores e herdeiros aguardam a conclusão de processos judiciais relacionados aos planos Bresser, Verão, Collor I e Collor II para reaver prejuízos econômicos.
Os valores a serem recebidos variam de R$ 3.000 a R$ 100 mil, e 70% dos beneficiários têm direito a até R$ 30 mil.
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A Frente Brasileira Pelos Poupadores (Febrapo) busca proteger aqueles afetados pelos planos econômicos pré-Plano Real, reunindo entidades e advogados para ações judiciais conjuntas.
Mais de 300 mil pessoas já foram beneficiadas pelo Acordo Coletivo dos Planos Econômicos, homologado pelo STF em 2018.
Aqueles com decisões favoráveis podem receber o dinheiro em até 15 dias ao aderir ao Acordo Coletivo.
Para aqueles que optarem por não aderir ao acordo, os processos judiciais em andamento permanecem suspensos por prazo indeterminado.
Pedro Ladeira - 22.nov.23/Folhapress
diretora-executiva da Febrapo destaca que a adesão é a forma mais rápida de acesso aos valores, especialmente para processos antigos.
A Febrapo orienta qualquer pessoa interessada a entrar em contato para verificar se há processos em seu nome ou de familiares falecidos.
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Os planos econômicos Bresser, Verão e Collor I e II foram implementados para controlar a hiperinflação nas décadas de 1980 e 1990.
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Instituído em 1987, o Plano Bresser adotou medidas como juros elevados, congelamento de preços e salários, e desvalorização da taxa de câmbio.
No governo Sarney, o Plano Verão, em 1989, trouxe mudanças significativas, como o congelamento de preços, a alteração na remuneração da poupança e a introdução do Cruzado Novo.
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Fernando Collor, eleito em 1989, implementou ações como controle cambial, privatização, redução de ministérios e mudança de moeda, incluindo o confisco da poupança.
Os prejudicados pelo confisco da poupança, que prometia retorno após 18 meses, continuam a buscar a restituição desses valores até os dias de hoje.
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