Os Houthis realizaram recentemente o primeiro ataque mortal a um navio comercial no Mar Vermelho, resultando em três mortos e quatro feridos.
Os ataques dos Houthis têm motivação relacionada ao conflito entre Israel e Palestina, bem como à atuação militar de Israel em Gaza.
Os Houthis são uma milícia do Iêmen, considerada por alguns como uma "força terrorista global" pelos Estados Unidos, representando os xiitas zaiditas.
22.jan.2024-Khaled Abdullah/Reuters
Navios como o M/V True Confidence e o Rubymar foram alvos dos Houthis, causando vítimas e danos, sendo o primeiro atacado por um míssil.
O grupo surgiu em 1990, liderado por Houssein al Houthi, como uma resposta aos eventos da Primavera Árabe e à alegada marginalização dos zaiditas.
Os Houthis se consideram parte do "eixo da resistência" liderado pelo Irã contra Israel, os EUA e o Ocidente, tendo como lema "Deus é grande. Morte aos Estados Unidos. Morte a Israel. Maldição aos judeus e vitória para o Islã."
Os Houthis atacaram o navio israelita Galaxy Leader, ameaçaram atacar outros navios a caminho de Israel e sequestraram embarcações.
A coalizão naval Operation Prospetiry Guardian foi formada para patrulhar a região, liderada pelos EUA e composta por vários países, em resposta aos ataques dos Houthis.
Os ataques afetam o tráfego no Canal de Suez, uma rota crucial entre Europa e Ásia, resultando em redução do trânsito, aumento nas taxas de frete e desafios nas cadeias de abastecimento.
REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
Países da África Oriental, como Djibuti, Sudão, Quênia e Tanzânia, dependem do Canal de Suez, enfrentando pressão adicional devido à mudança de rotas.
Suez Canal Authority/ REUTERS
O Brasil, com 2% de participação no movimento mundial de contêineres, pode sentir impactos, principalmente no aumento de custos de transporte, afetando sua competitividade.
A continuidade dos ataques dos Houthis e o envolvimento de outros atores podem desestabilizar a ordem mundial, impactando o comércio global, os preços e a segurança alimentar.
Para mais informações, acesse UOL Economia.