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Ações da Cemig ganham 10,5% no ano; analistas avaliam se é hora de comprar

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Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, de São Paulo

10/05/2022 09h00

Esta é uma versão online resumida da edição desta semana da newsletter A Companhia, que detalha os dados de uma empresa em destaque no mercado. Para assinar o boletim semanal e ter acesso ao conteúdo completo, clique aqui.

O destaque da semana na newsletter A Companhia é a Cemig, escolhida por Ricardo Faria França, analista da Ágora Investimentos.

Segundo ele, trata-se de uma das principais empresas do setor elétrico, que possui características mais resilientes, sobretudo em momentos de maior volatilidade no mercado de ações.

"Em nossa visão, as ações do segmento são boas alternativas pois oferecem implicitamente uma proteção contra a alta da inflação", afirma o especialista.

Ele lembra que a Cemig é uma companhia integrada, com operações diversificadas, que incluem geração, transmissão e distribuição de energia.

Após valorização de 11,7% em 2021, as ações preferenciais da Cemig (CMIG4) acumulam ganho de 10,5% neste ano, até o dia 4 de maio.

Saiba mais sobre a Cemig

A Cemig é a terceira maior geradora de energia do país, com um portfólio de 89 usinas e capacidade instalada de 5,9 GW. No segmento de transmissão, as controladas da empresa operam uma rede de mais de 10 mil km.

O grupo ocupa ainda o posto de maior distribuidor de energia elétrica do Brasil em extensão de rede, atendendo cerca de 96% do Estado de Minas Gerais, e controla a Gasmig, distribuidora exclusiva de gás natural canalizado na região.

Por que as ações da Cemig são uma oportunidade para investir?

Segundo França, o setor de utilidades públicas é um dos mais resilientes da economia, em função da maior previsibilidade de receitas, contratos de longo prazo e com reajustes por índices de inflação (nos segmentos de transmissão e distribuição de energia e de distribuição de gás).

Ele destaca que tais características são oportunas, especialmente em momentos de maior volatilidade causada pelo cenário macroeconômico.

"A recuperação dos níveis dos reservatórios para geração hidrelétrica deve permitir a retomada dos resultados da divisão de geração da Cemig, provavelmente menos impactados com o custo de aquisição de energia térmica", diz o analista.

Olhando a prazos mais longos, a Cemig tem mostrado esforços para melhorias operacionais que podem levar a maiores margens de retorno em seus negócios, reforça a equipe de análise da Ágora.

"Ainda que uma privatização não seja o cenário provável a curto prazo, o tema poderia ser discutido a depender dos resultados das eleições para o governo de Minas Gerais, eventualmente abrindo espaço para uma melhor avaliação por parte do mercado."

Pontos a favor

  • Recuperação dos níveis dos reservatórios de água, reduzindo o custo com a compra de energia;
  • Retomada do consumo, em função das restrições menores após a melhora nos números da pandemia e considerando a volta da chamada "bandeira verde" nas contas de luz, a partir de maio;
  • Solidez financeira, com a dívida líquida/Ebitda (endividamento total, menos caixa, dividido pela geração operacional de recursos) em apenas 1,2 vez no fim do ano passado, o que garante à empresa sustentação para implementar os planos de investimentos nos próximos anos.

Pontos contra

  • O setor elétrico é altamente regulado e eventuais mudanças nas regras podem trazer prejuízos à empresa ou reduzir a previsibilidade dos resultados, o que poderia afetar a percepção de risco dos investidores;
  • Sendo uma companhia controlada pelo governo de Minas Gerais, é natural que o processo eleitoral de 2022 possa trazer alguma volatilidade para as ações;
  • Eventual piora nas condições econômicas na área de concessão da empresa poderia levar ao aumento da inadimplência e menor demanda por energia elétrica, impactando os resultados da Cemig Distribuição.

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