Frituras da vez: Teich e Tereza Cristina próximos da despedida de Bolsonaro
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Menos de um mês depois da demissão do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e após perder Sergio Moro e "segurar a onda" para manter Paulo Guedes no governo, o presidente Jair Bolsonaro volta a ter que discutir mais algumas renovações no seu time ministerial.
Ganha força agora entre auxiliares do governo e também no Congresso de que os próximos a desembarcarem do barco de Bolsonaro serão Nelson Teich - que substituiu Mandetta - e Tereza Cristina, que comanda a pasta da Agricultura.
No caso de Teich, o que já ficou batizado como "processo de fritura", que é rechaçado por parte do governo, teve um capítulo a mais nesta quarta-feira quando Bolsonaro deixou claro que todos os ministros precisam estar alinhados a ele e rebateu a postura do titular da saúde em relação à cloroquina.
O desgaste de Teich, em tão pouco tempo de cargo, faz com que a possível troca aconteça mais rapidamente. Ontem, o ministro cancelou a coletiva de imprensa, depois de dias sendo constrangido por declarações contrárias ou surpresas de Bolsonaro.
Nos bastidores, o nome do deputado Osmar Terra voltou a ganhar força, mas ainda enfrenta as mesmas resistências de quando apareceu como uma oportunidade para o lugar de Mandetta. Segundo uma fonte, "Terra está no aquecimento".
Agricultura
O caso da ministra Tereza Cristina não é exatamente novo na roda de conversas no núcleo duro do governo. Até porque, de acordo com auxiliares, a própria ministra já reclamou com o presidente que não concorda com a postura "anti-China" adotada, e cada vez mais explicitada, pela ala ideológica do governo.
A insatisfação de Cristina, que é deputada pelo DEM, agora tem ecoado mais forte no Congresso, justamente no momento em que o Centrão busca ampliar espaço no governo. Tereza Cristina não está no governo por total escolha do presidente, a ministra é a representante do setor do agronegócio e não quer perder esse apoio.
A interlocutores, Tereza já disse preferir voltar para a Câmara a continuar ter que defender os discursos do presidente. Segundo uma auxiliar, "já faz quase três semanas que essa conversa está acontecendo no Congresso".
Um integrante do governo reconheceu que há algumas arestas no relacionamento com a mandatária da Agricultura, mas pregou cautela em trocas afobadas. Na avaliação desse auxiliar, é direito do presidente escolher seus ministros, mas "substituições não podem atrapalhar o andamento do jogo, ainda mais durante uma pandemia".
Há pelo menos um nome na mesa para o lugar de Tereza. E ele também não é exatamente uma novidade. O secretário Especial de Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia, não esconde sua ligação mais embrionária com Bolsonaro e tem ampliado conversas em que mostra "disposição para ajudar o presidente". O ruralista foi inclusive cotado para assumir a pasta antes de Tereza, que acabou assumindo com apoio da bancada ruralista.
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