Irmão de Weintraub, ainda assessor do presidente, traz tumulto ao Planalto
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Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro da Educação e ainda assessor especial da Presidência da República, tem atraído a atenção - a exemplo do irmão Abraham - no Twitter e gerado um certo desconforto com alguns auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, que ainda não entendem a permanência dele no Planalto.
Arthur tem ameaçado jornalistas e influenciadores que se posicionam contra a indicação de Abraham Weintraub ao cargo de diretor-executivo do conselho do Banco Mundial. A instituição anunciou ontem que o ex-ministro foi eleito para o cargo, que tem um salário de aproximadamente R$ 115 mil mensais.
Conhecido no MEC como "homem-tocha", Arthur anunciou no Twitter que está recolhendo "provas" para processar aqueles que se manifestarem contra o caso. O primeiro alvo foi um setorista no Congresso Nacional.
"Plantão processinho, seu amiguinho. Mais dois processinhos. Já printei e guardei links (lembrem-se de guardar link pra processar. Facilita o processo). Esse aí vai é responder no cível e criminal com o CPF dele. Vai lutar bastante", escreveu Arthur, orientando aliados a fazerem o mesmo.
Já deveria ter sido exonerado
A permanência de Arthur no governo é apontada por alguns auxiliares diretos do presidente como difícil de entender. A expectativa era de que o irmão do ex-ministro também deixasse ao menos a Presidência com a saída de Weintraub.
Para um auxiliar do presidente, Arthur Weintraub já deveria ter sido exonerado "há tempos".
Existia a possibilidade inclusive de Arthur voltar a trabalhar com o ministro Onyx Lorenzoni, agora no Ministério da Cidadania. Até o momento, no entanto, nada mudou - pelo menos não no papel.
Segundo assessores do planalto, Arthur não tem sido visto nos corredores palacianos. No portal da Transparência, no entanto, o dado mais recente disponível - de maio deste ano - mostra que ele segue recebendo cerca de R$ 18 mil por mês.
Procurado pela coluna, Arthur não atendeu e não respondeu mensagens.
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