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Carla Araújo

Ministério Público acompanha saída da Ford e vê redução do emprego e renda

Trabalhadores enfrentaram chuva para protestar na sede da Ford - Divulgação/ Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari
Trabalhadores enfrentaram chuva para protestar na sede da Ford Imagem: Divulgação/ Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari

Do UOL, em Brasília

13/01/2021 15h13

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O Ministério Público Federal abriu um procedimento administrativo para analisar os impactos do fechamento de fábricas da Ford no país.

Na avaliação de integrantes do MPF, o encerramento das atividades de fabricação de veículos no Brasil pode gerar prejuízos ao setor industrial, com impactos capazes de provocar a redução dos níveis de renda e emprego nacionais, afetando negativamente a economia, além da potencial repercussão no nível concorrencial do mercado de veículos.

O procedimento administrativo será acompanhado pela Terceira Câmara de Consumidor e Ordem Econômica do Ministério Público Federal (3CCR/MPF), ligada à PGR.

Segundo nota divulgada pelo MPF, o procedimento administrativo tem como objetivo coletar, sistematizar os dados ou informações técnico-jurídicas voltadas a subsidiar eventuais medidas no âmbito do MPF.

A medida é uma resposta ao anúncio feito nesta semana pela Ford, que decidiu encerrar a produção de veículos em suas fábricas nos municípios de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE).

O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, já vinha demonstrando preocupação com as consequências da saída da Ford do país. Após o anúncio da montadora, Aras enviou uma mensagem a uma rede interna de procuradores dizendo que é papel do Ministério Público Federal "velar pela ordem econômica, consumidor e trabalhista".

Com berço jurídico na Bahia, Aras busca especialmente uma solução para a fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia. "Nosso esforço é em prol do parque industrial de Camaçari/BA que pode produzir automóveis", diz o texto.