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Governo quer evitar que prisão de deputado contamine agenda econômica
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A prisão do deputado do PSL, Daniel Silveira (RJ), por conta de ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal), cria um ambiente de tensão entre os poderes e exige cautela das ações do Executivo.
Ministros e auxiliares do presidente Jair Bolsonaro têm evitado comentários públicos a respeito do assunto. Fontes ouvidas pela coluna, no entanto, afirmam que a prisão do deputado atinge de forma "pontual" o presidente, mas tem potencial de causar alguns estragos.
Fontes do Planalto lembram que apesar de bastante 'Bolsonarista' o deputado já não era presença frequente no gabinete do presidente, desde o inquérito que apura a disseminação de notícias falsas foi aberto pelo STF.
A ordem do momento é não deixar que o desenrolar dos acontecimentos levem Bolsonaro e o seu governo para o centro desta nova crise. O receio é que a prisão acabe afetando o cronograma da agenda econômica, que tinha começado a andar com o comando de Arthur Lira (PP-AL).
Auxiliares de Bolsonaro admitem que Lira foi célere em marcar a reunião extraordinária com líderes para avaliar a situação do parlamentar. A torcida no Planalto é para que o caso continue "do outro lado da rua", entre Legislativo e Judiciário, e que seja resolvido o mais rápido possível para não tomar conta da pauta da Câmara.
Três semanas
O ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda fecha detalhes finais do novo auxílio emergencial com a sua equipe, mas já avisou que o assunto precisa ser resolvido em três semanas. Isso também garantiria que o pagamento começasse ainda em março.
Guedes passou o feriado de Carnaval defendendo que os próximos dias seriam decisivos e repetiu o mantra de que o governo, em conjunto com o Congresso, vai ter que buscar meios de combater a pandemia "sem estourar orçamentos, com inflação, desemprego, juros altos e endividamento em bola de neve".
Apesar de já ter os instrumentos para criar medidas como o auxílio, a equipe econômica quer justamente que o protagonismo nas ações emergenciais venham do Congresso, como aconteceu na aprovação da Previdência.
O governo também deve aproveitar o fato de que a PECs (Proposta de Emenda Constitucional) que trará a cláusula de calamidade estar no Senado. Com isso, a expectativa é que o tema consiga avançar independente do problema que a Câmara tem para resolver com o parlamentar preso.
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