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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Governo quer votar MP da privatização da Eletrobras essa semana

Ministro de Minas e Energia diz que empresa deveria investir R$ 14 bi/ano, mas só consegue aportar de R$ 3,5 bi/ano - Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Ministro de Minas e Energia diz que empresa deveria investir R$ 14 bi/ano, mas só consegue aportar de R$ 3,5 bi/ano Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Do UOL, em Brasília

17/05/2021 14h31

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O governo articula com a Câmara para que os deputados possam votar nesta semana o texto da Medida Provisória (MP), que abre caminho para a privatização da Eletrobras.

De acordo com o relator da matéria, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), que participou de reuniões no Palácio do Planalto nesta segunda-feira, a expectativa é que a votação aconteça amanhã (18).

A medida provisória precisa ser votada até 22 de junho pelo Congresso para não perder a validade.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou à coluna que a pasta prestou assessoramento e informações ao relator para o texto final do relatório e reforçou que acredita na aprovação da MP. "A expectativa do relator e nossa é que passe na Câmara nesta semana", disse.

Defesa da privatização

Bento Albuquerque afirmou que a aprovação da MP é fundamental para que a empresa seja capitalizada.

Segundo ele, a Eletrobras "não vence leilões de geração de energia e transmissão desde 2010 e com isso vem perdendo participação no setor elétrico, hoje 30% da geração e 45% da transmissão".

"A empresa deveria investir R$ 14 bilhões por ano para manter sua participação no mercado e só consegue investir cerca de R$ 3,5 bilhões. Daí a importância da sua capitalização e também dos benefícios que trará para as regiões onde se encontra e para o mercado como um todo", disse.

Relatório

Na semana passada, o deputado apresentou seu relatório colocando a cargo da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), estatal loteada com apadrinhados do centrão, o controle do dinheiro de obras direcionadas ao Nordeste e para os reservatórios de Furnas, em Minas Gerais.
Apesar disso, a tendência, no momento, é que o deputado recue neste trecho, ou seja, a proposta não deve estar no texto que será apreciado pelos parlamentares.