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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Bolsonaro diz que não pretende se vacinar para participar de evento da ONU

Bolsonaro falando para assembleia da ONU em 2020, de forma remota por conta da pandemia - BRAZILIAN PRESIDENCY
Bolsonaro falando para assembleia da ONU em 2020, de forma remota por conta da pandemia Imagem: BRAZILIAN PRESIDENCY

e Jamil Chade

15/09/2021 11h57Atualizada em 16/09/2021 14h23

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O presidente Jair Bolsonaro já confirmou que vai participar presencialmente da Assembleia Geral da ONU, na semana que vem, em Nova York (EUA). Apesar disso, segundo auxiliares próximos do presidente, não há intenção de ele mudar sua postura em relação a se vacinar contra a covid-19.

Bolsonaro ainda tem dito que quer "ser o último brasileiro a se vacinar".

Ministros afirmam que, apesar de para cidadãos comuns existir restrições de viagens internacionais para indivíduos não vacinados, no caso da comitiva presidencial as regras são outras.

Em missões oficiais, segundo fontes do governo, somente é exigido um exame de PCR três dias antes da viagem. Justamente por essa "regalia" que o presidente deve continuar sem se vacinar (pelo menos não publicamente).

ONU vai exigir máscara

Há pelo menos um comportamento de Bolsonaro que terá que mudar: ele será obrigado a usar máscara.

A expectativa da ONU é de que pelo menos 80 líderes mundiais estejam em Nova York e algumas regras foram estabelecidas pela entidade como o "uso obrigatório de máscara para todos os participantes". Além disso, haverá restrições de acesso a sede da ONU e "vacinação exigida para todos funcionários da ONU".

Apesar das restrições, a ONU diz que o objetivo de atrair líderes presencialmente é o de restabelecer a diplomacia corpo a corpo. Além do Brasil, líderes de países como Itália, Canadá, México, Índia, Paquistão, entre outros, estarão presentes.

Cúpula da vacina

Conforme mostrou o UOL, o Brasil foi sondado pelo presidente americano Joe Biden para fazer parte de uma cúpula que a Casa Branca pretende organizar para a próxima semana, com o objetivo de coordenar posições sobre a pandemia e sobre a vacinação.

O objetivo de Biden é aproveitar justamente a Assembleia Geral da ONU para fechar de uma maneira paralela um compromisso global de governos para que haja uma maior distribuição de vacinas e um aumento de produção.

O Escav (comitiva preliminar) do presidente brasileiro já está em Nova York para preparar as atividades de Bolsonaro nos Estados Unidos.

Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência, no entanto, a agenda ainda está sendo preparada e ainda não há a confirmação de Bolsonaro na cúpula organizada por Biden.