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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Presidente do BC também envia defesa à PGR e nega conflito de interesse

Roberto Campos Neto e Paulo Guedes - Sérgio Lima/AFP
Roberto Campos Neto e Paulo Guedes Imagem: Sérgio Lima/AFP

Do UOL, em Brasília

06/10/2021 17h27

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, informou nesta quarta-feira (6) que, a exemplo do que fez o ministro da Economia, Paulo Guedes, também enviou à Procuradoria-Geral da República documentos que comprovam de que não haveria ilegalidade no fato de ele possuir empresas offshores no exterior.

Campos Neto, que passou a contar com os serviços dos mesmos advogados de Guedes para o caso, afirma que "sua atuação à frente do Banco Central sempre se pautou pelos princípios da moralidade, ética e legalidade, jamais tendo ocorrido qualquer conflito de interesse ou benefício próprio, assim como nunca atuou como administrador de empresas de investimentos enquanto em cargo público, tendo se afastado completamente da sua gestão".

A nota, assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, diz ainda que o próprio Senado Federal, por ocasião da sabatina de Roberto Campos Neto, em 2019, foi informado das empresas de investimento no exterior. "Estas informações são públicas, constam da mensagem presidencial de 1º de janeiro de 2019, e o Senado aprovou o nome do economista sem qualquer tipo de ressalva".

A existência de investimentos de Guedes e Campos Neto em empresas offshore foi revelada no domingo (3) por veículos como a revista Piauí e o jornal El País, que participam do projeto do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o ICIJ. Os documentos fazem parte da Pandora Papers, investigação sobre paraísos fiscais promovida pelo consórcio.