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Guedes pede que Câmara desista de ouvi-lo sobre offshore, mas comissão nega
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Em um ofício enviado nesta sexta-feira (12) ao presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara, deputado Afonso Motta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu para que a oitiva sobre suas contas em offshore seja substituída pela apreciação de documentos que o ministro enviou à Comissão.
"Venho pedir a compreensão e gentileza para que sejam acolhidas como suficientes as informações prestadas por intermédio dos documentos apresentados, no dia 9 de novembro de 2021, a essa Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público", escreveu o ministro da Economia, alegando também conflitos de agenda.
Guedes já não compareceu à sessão conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e de Trabalho da Câmara que estava agendada para a última quarta-feira (10).
Enquanto a Comissão de Fiscalização Financeira sinalizou que aceitaria analisar a documentação, a Comissão do Trabalho remarcou para o dia 16 o depoimento do ministro.
O deputado federal Paulo Ramos (PDT), um dos autores do novo requerimento de convocação, chegou a afirmar que Guedes poderia responder por crime de responsabilidade caso falte mais uma vez à oitiva.
Os advogados de Guedes enviaram aos deputados os mesmos documentos que foram apresentados à PGR e a Comissão de Ética Pública, em que o ministro afirma que não há irregularidades em ter mantido contas no exterior.
Para dispensar também o depoimento do dia 16, o ministro afirmou que estará em agenda com o presidente Jair Bolsonaro em Dubai e só retorna ao Brasil no dia 18.
Já em resposta ao documento enviado por Guedes, no início da noite desta sexta-feira, o presidente da Comissão de Trabalho, deputado Afonso Motta, negou o pedido de que só a documentação pode ser suficiente e remarcou o depoimento do ministro para o próximo dia 23.
Governo quer "caso esquecido"
O governo articula com aliados no Congresso para que o assunto seja "esquecido" pelos parlamentares. A avaliação que está sendo feita é de que o ministro já havia apresentado voluntariamente documentos que mostram que não há irregularidade e que, neste momento, existem "coisas mais importantes para o Brasil".
Além disso, argumentam que as convocações de Guedes aconteceram em meio a uma crise política, que acabou culminando com a aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara, depois que Guedes autorizou a manobra para furar o teto de gastos.
No Congresso, fontes da base aliada ouvidas pela coluna disseram que o clima está mais ameno em relação ao ministro e que os depoimentos agora não teriam outra justificativa se não criar mais fatos políticos e atrapalhar o andamento das pautas econômicas.
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