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Econoweek

5 habilidades dos economistas para incorporar no dia a dia

César Esperandio

13/08/2020 18h20

Hoje é comemorado o Dia do Economista, uma profissão com possibilidades de atuação amplas.

Eu sou César Esperandio, economista do Econoweek, a tradução da economia. E, neste artigo, bem como no vídeo acima, no qual respondo a perguntas ao vivo sobre o tema, vou traduzir as principais habilidades dos economistas que você pode incorporar em seu dia a dia para ganhar mais dinheiro e ter melhores relações humanas.

A atuação mais emblemática de um economista, entretanto, é uma das atividades que mais despertam atenção de quem está ao seu redor, principalmente em tempos de tanta incerteza, como agora: interpretar o que anda sendo feito na economia e na política, e fazer projeções de como deverá ser o futuro.

Qual é a perspectiva do emprego? E a das empresas que geram esses empregos? E a do dólar, que importa para o empresário e para quem pretende viajar de férias? Os políticos estão fazendo a coisa certa? Essas são questões que o economista busca responder.

Já falei mais da carreira, de o que faz um economista, do salário, com um panorama completo da profissão em outra publicação. Foi um post de muito sucesso e acho que você vai gostar.

A Economia é a ciência que estuda as escolhas diante de tudo que é escasso, com a intenção de aumentar o bem-estar de todos.

Além dos recursos financeiros, tempo e vida também são recursos escassos, que temos em quantidade limitada. E o economista é o profissional que mostra as direções que podem ser tomadas para a alocação mais eficiente desses recursos para vivermos em uma sociedade mais feliz e próspera, sempre respeitando as preferências individuais.

Como dizem os economistas, sempre há um trade-off, uma situação em que precisamos decidir por uma coisa em detrimento de outra.

Você prefere passar mais tempo viajando acompanhado da família e amigos ou trabalhando? A resposta parece fácil, mas, na prática, sabemos muito bem que precisamos das duas coisas: temos que ter tempo para o lazer e de um emprego para gerar renda, em um equilíbrio individual que nos faça sentir bem.

Com seu salário, você prefere gastar mais em idas ao restaurante, em compras de novas roupas ou investindo? O ideal seria que fizéssemos mais de todas essas opções, mas o dinheiro que cai todo mês não dá conta de tudo ao mesmo tempo. E está aí mais um trade-off. Precisamos escolher o que fazer com o saldo em nossa conta para tirar o melhor proveito disso e ainda ter uma margem de segurança para garantir um futuro mais tranquilo.

Nesse breve resumo, dá para ver que o estudo da Economia vai muito além apenas do campo e da atuação profissional.

Ao percebermos que nossos recursos são limitados, tendemos a incorporar essa ótica para usá-los muito melhor. Seja nosso dinheiro ou nosso tempo.

Não precisa ser um economista para tomar essas decisões, mas esses princípios econômicos podem ser úteis para o dia a dia.

Agora, quero dividir com vocês alguns princípios econômicos para que você também possa pensar como um economista:

O ser humano é auto interessado

As pessoas não fazem coisas que não trazem benefício para elas, mesmo que não estejamos falando de dinheiro. Então, recompense quem está por perto... Seja dando mais atenção às pessoas queridas ou reconhecendo um bom funcionário. Eles continuarão retribuindo da maneira que você quer. Assim, todo mundo ganha!

Entenda a ideia de valor subjetivo

Valor é diferente de preço. E cada pessoa atribui um valor diferente para as mesmas coisas. Cada um está disposto a pagar um preço diferente por um mesmo produto e, apesar de eu ter acabado de dizer que o ser humano é auto interessado, uma pessoa pode enxergar valor em fazer serviço comunitário e se interessar em ajudar o próximo. Entender isso te fará ter melhores relações humanas.

Sempre existe um custo de oportunidade

Também conhecido como trade-off, isso quer dizer que sempre temos decisões a serem tomadas com lado bom e ruim. Escolher dedicar mais tempo e atenção ao trabalho provavelmente vai proporcionar um salário maior, mas isso também vai significar menos tempo de lazer, que também é muito importante.

Outro exemplo simplificado: investir em A fará você deixar de ganhar o rendimento da oportunidade B, que poderia ser maior. Ou fazer uma festa de casamento pode impedir de fazer aquela viagem de lua de mel dos sonhos.

O que você prefere?

Os benefícios são decrescentes (e os custos também)

Tudo vai ficando mais fácil ou perdendo a graça conforme o tempo. Aquele Big Mc quando você está com fome é uma delícia! O segundo pode ser até gostoso, mas o terceiro com certeza já não tem mais graça e o quarto vai fazer você passar mal.

Esse é o conceito de benefício marginal decrescente.

Para o custo é a mesma coisa: aprender um serviço novo é bem difícil no começo, mas daqui a pouco você vai fazer tudo melhor e na metade do tempo.

A competição é uma coisa boa

Se comparar com os outros - de maneira saudável, claro - vai fazer você ter parâmetros mais elevados de exigência, fazendo você se esforçar mais na escola ou no trabalho, que pode trazer aquela promoção desejada ou a não ficar de recuperação no final do semestre.

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