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ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Como ter mais retorno na reserva de emergência sem cair em cilada?

César Esperandio

04/06/2021 04h00

Se você é mais um que não está feliz com a rentabilidade do seu dinheiro investido na reserva de emergência, vou explicar como aumentar o retorno desse seu investimento sem cair em cilada!

No vídeo a seguir, gravei minha tela mostrando o que eu faço para escolher novos investimentos da reserva de emergência que deem um bom retorno e ainda assim continuem sendo muito seguros.

O que é reserva de emergência?

Resumidamente, a reserva de emergência é um dinheiro (investido!) que está disponível para ser usado a hora que precisar.

Seja uma tela de celular que quebrou, uma "raladinha" no carro ou mesmo em casos de perda de renda ou do emprego, você pode contar com esse dinheiro que está guardado e está rendendo e engordando seu patrimônio financeiro.

A recomendação é que essa reserva de emergência tenha tamanho equivalente a entre seis e 12 meses do seu gasto médio mensal. Para ver todas as nossas dicas sobre reserva de emergência, confira este vídeo.

O que é olhar?

Esses são os critérios que uso na hora de escolher um investimento com maior rentabilidade para a minha reserva de emergência sem abrir mão de segurança.

Faça sua checklist!

1. Três pilares da reserva de emergência

Qualquer investimento para a sua reserva de emergência precisa ter três pilares:

  • Liquidez imediata para poder resgatar a qualquer momento;
  • Previsibilidade da rentabilidade;
  • Segurança elevada.

Qualquer investimento protegido pelo FGC com liquidez imediata atende aos três pilares, tais quais os CDBs, RDBs, LCIs, LCAs, LCs e LHs.

Mas isso é suficiente? Não!

2. Rentabilidade

Para investir em algo diferente do Tesouro Selic para a sua reserva de emergência, que é o investimento mais seguro do Brasil, tem que valer a pena.

Por isso, o retorno combinado tem que ser superior a 100% do CDI. Caso contrário, não faz sentido.

Quanto mais, melhor!

Mas isso é suficiente? Ainda não!

3. Segurança

Por definição, qualquer título de renda fixa privada (que não é emitido pelo Tesouro Nacional) é mais arriscado que os títulos do Tesouro Direto.

Quanto menos robusta for a instituição emissora desse investimento, maior o risco que ela apresenta. E há vários investimentos de emissores que talvez você nunca tenha ouvido falar.

Por isso, é importante verificar se esse investimento é emitido por uma empresa regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central do Brasil, as instâncias máximas que tomam conta desse tipo de coisa, bem como analisar a nota de risco que o mercado financeiro dá para essa instituição.

No vídeo acima, mostrei como eu faço esse tipo de verificação de segurança na hora de investir. É supersimples e rápido!

Diversifique sempre

A reserva de emergência tem como primeira função nos trazer tranquilidade no presente e sabermos que nosso futuro será muito mais tranquilo, pois podemos contar com aquele dinheiro a qualquer momento.

A rentabilidade vem em segundo lugar.

As rentabilidades crescem conforme a classificação de risco (que acabei de mencionar) piora e é possível encontrar super-rentabilidades em emissores mais arriscados por aí.

Se quiser investimentos de emissores mais arriscados para aumentar a rentabilidade, lembre-se de que, mesmo protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), caso o FGC precise ser acionado pode demorar entre um e três meses para você receber seu dinheiro de volta.

Então, é bom ter outra parte da reserva de emergência em investimentos mais seguros que continuarão disponíveis na hora em que precisar.

Você já investe?

Fazer sua reserva de emergência render mais é superlegal, mas também é necessário que seus investimentos tenham rentabilidade acima da inflação!

Por isso, no vídeo abaixo, contamos se vale a pena investir com a inflação em alta!

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