Graciliano Rocha

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Reportagem

Por que os lucros do BTG Pactual dispararam no ano passado

Principal banco de investimentos do país, o BTG Pactual registrou lucro líquido de R$ 12,3 bilhões em 2024, crescimento de 18% em relação ao ano anterior. Esse desempenho foi impulsionado por três fatores principais: a diversificação das receitas, maior ganho nas operações e a expansão da carteira de crédito.

O QUE ACONTECEU

  • As receitas totais do banco liderado por André Esteves chegaram a R$ 25,1 bilhões (+16% no ano). O retorno sobre o patrimônio líquido ajustado (ROAE), uma métrica de rentabilidade do negócio, atingiu 23,1% (acima da expectativa de analistas). Os dados estão nos resultados divulgados nesta segunda (10).
  • O BTG aumentou sua carteira de crédito, concedendo mais empréstimos para grandes empresas e pequenos e médios negócios (PMEs). No total, o portfólio de crédito cresceu 29% no ano, alcançando R$ 221,6 bilhões. Segundo a direção, o segmento foi beneficiado por taxas de empréstimos atrativas e um custo de captação mais baixo.
  • Outro motor do crescimento foi o setor de investment banking, que viu suas receitas subirem 30%. O banco se destacou na assessoria para fusões e aquisições (M&A) e no mercado de emissão de dívidas corporativas (DCM), tendo participado de mais de 60 operações de compra e venda de empresas e coordenado 140 emissões de dívida.
  • O BTG é um dos maiores gestores de recursos do país, alcançando R$ 1,9 trilhão em ativos sob gestão (+21% no ano). Esse crescimento foi impulsionado pela captação de R$ 247 bilhões novos ao longo do ano, segundo o balanço.
  • A área de wealth management, que atende clientes de alta renda, teve receitas 23% maiores, chegando a R$ 3,8 bilhões. O volume de recursos sob gestão nessa divisão ultrapassou R$ 900 bilhões (+26% no ano).
  • O crescimento do BTG em 2024 não veio apenas da operação tradicional. O banco também expandiu o seu negócio com aquisições, como as compras da Órama, MY Safra, Sertrading. Em janeiro, foi anunciada a compra pelo BTG da operação brasileira do banco suíço Julius Baer.

Reportagem

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