Banco Master reduz taxas do CDB em 3 pontos percentuais
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Menos de uma semana após o anúncio da compra do Banco Master pelo banco estatal de Brasília BRB, o banco já começou a reduzir as taxas oferecidas nos CDB (Certificado de Depósito Bancário) pré e pós fixados.
A redução, segundo um comunicado do Master, foi da ordem de 3 pontos percentuais para os CDBs pós-fixados, que contam com prazos de vencimento a partir de um ano. O CDB com vencimento em 2026 saiu de 110% do CDI para 107%. O de dois anos caiu de 114% para 111%. Na plataforma da XP, o CDB com vencimento em oito anos está pagando 115% do CDI. O de seis anos, 114% e o de cinco anos, 113%.
Já os investimentos com taxas pré-fixadas, de maior liquidez, tiveram uma redução de taxas da ordem de 0,3 p.p. (ponto percentual). O CDB com vencimento em 30 dias corridos teve a taxa reduzida de 14,2% para 13,9%. O de 60 dias, de 14,4% para 14,1%. E o de 90 dias, saiu de 14,5% para 14,2%.
Ao anunciar a compra do Master na sexta-feira passada, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, declarou que as taxas do CDB do Master seriam reduzidas gradativamente. O plano seria chegar ao patamar do próprio BRB, da ordem de 98% do CDI.
O Master cresceu de forma agressiva nos últimos anos ao oferecer as maiores taxas do mercado para o CDB. A oferta dos papeis se deu pelas corretoras, sobretudo a XP, e contou com um marketing atrelado à garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Apesar de ser considerado um papel mais arriscado — na XP é classificado como risco médio alto — isso poderia ser controlado com a recomendação de limitar o aporte a R$ 250 mil, que é o teto garantido pelo FGC em caso de calote.
O Master chegou a oferecer taxas de 120% a 140% do CDI, enquanto na maioria dos bancos essa taxa costuma ser ligeiramente acima ou abaixo de 100% do CDI. O Master encerrou o ano passado com R$ 30,8 bilhões em depósitos de CDB, um crescimento de R$ 4 bilhões em relação ao ano anterior. Isso apenas no Master. Outras operações do conglomerado, o banco Voiter e Will, também captaram via CDBs.