Presidente do Nubank deixa cargo; mercado critica e ação cai
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As ações do Nubank registram queda de mais de 5% no pregão da Bolsa de Nova York na tarde desta quarta-feira (21), com o mercado encarando com desconfiança a rotatividade no alto escalão desde a volta do fundador David Vélez à liderança da instituição. Na B3, as BDR ROXO34 estão em queda de 3,4%.
Ontem à noite, o banco digital anunciou a saída de Youssef Lahrech, então presidente executivo e COO (diretor de Operações), após seis anos. Foi o terceiro alto executivo a deixar o banco desde março.
O VP de Produto, Jag Duggal, que estava na empresa desde o IPO e atuando a partir dos EUA, deixou a empresa, junto com o diretor de Relação com Investidores, Jorg Friedemann. A saída dos dois foi comunicada dias antes do anúncio da volta de Vélez à liderança.
Mas a saída de Lahrech surpreendeu pois ele foi "confirmado" no cargo com as mudanças na estrutura corporativa anunciadas com a volta de Vélez à operação.
Ele era um dos cinco executivos que passaram a responder diretamente ao fundador, ficando responsável pelas estruturas globais corporativas e de produtos, função que será agora acumulada por Vélez.
Lahrech foi o grande responsável por desenhar a política de crédito do banco digital e tinha acabado de participar da conferência de resultados do 1º trimestre com analistas, realizada há uma semana.
Lahrech manterá os laços com o Nubank, passando a aconselhar o Comitê de Auditoria e Risco do Conselho de Diretores como observador permanente. E também atuando como conselheiro especialista em iniciativas estratégicas relacionadas a crédito.
"A falta de planos sucessórios claros para o cargo de COO pode levantar questões relativas a incentivos, planejamento de longo prazo e a habilidade do Nu de reter talentos chaves. A mudança também amplia os riscos para David Vélez, que absorve as funções", escrevem os analistas do Citi em relatório.
Por outro lado, a análise do Citi faz a ponderação de que a centralização de decisões com reportes diretos ao CEO-fundador pode ser positiva ao dar mais agilidade no processo decisório do banco.
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