Mariana Barbosa

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Reportagem

Funcionário da C&M preso sob suspeita de golpe cibernético ganhava R$ 3.000

João Nazareno Roque, funcionário da C&M Software que foi preso sob a suspeita de ter fornecido senhas para o maior golpe cibernético ao sistema financeiro nacional, era registrado como analista de suporte. Ele era contratado em regime CLT e tinha um salário de R$ 3.003,27, segundo fontes.

O valor é pouco mais que o piso salarial da categoria.

Segundo as investigações do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) da Polícia Civil de São Paulo, Nazareno recebeu R$ 5.000 para dar acesso a um estranho que o abordou em um bar. E depois mais R$ 10 mil para ajudar na criação de um sistema para permitir os desvios.

Nazareno escreve em seu perfil no LinkedIn que trabalhou 20 anos como eletricista predial e residencial e técnico de instalação de TV a Cabo e de alarme de incêndio. Aos 42 anos, resolveu mudar de carreira e cursar Tecnologia da Informação na Faculdade Anhanguera.

"Aos 42 anos vi a necessidade e importância de investir em um curso superior, atualmente estudo Tecnologia da Informação e estou com muita vontade e engajamento para aprender e agregar na tão sonhada recolocação na área em que eu estudo, ou nas áreas onde tenho experiência que também são as minhas paixões. Você já assistiu o filme 'O Estagiário'? Me identifico muito com ele, não me chamo Ben e ainda não tenho 70 anos, mas já tenho idade onde muitos esperam já estar em cargos c-level e eu estou aqui com muita vontade de recomeçar com o brilho nos olhos e disposição de um menino para dar o meu melhor, bem como aprender tudo o que puder. Se você leu até aqui o meu muito obrigado e por favor me ajude a me recolocar", escreveu.

Nazareno tem 48 anos e foi preso esta manhã no bairro City Jaraguá, zona norte de São Paulo.

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