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Opinião

Ibovespa: Prévia do PIB, juros nos EUA e guerra afetam o mercado

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No Brasil, investidores repercutem a prévia do PIB. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) registrou queda 0,77% em agosto na comparação com o mês anterior. No acumulado de 12 meses, o índice teve uma alta de 2,82%. Além disso, as discussões no Senado sobre o texto da Reforma Tributária também estão no foco do mercado. O Ibovespa deve continuar seguindo a tendência negativa do mercado internacional. A bolsa brasileira tentou descolar dos pares globais no pregão de ontem, mas o aumento da aversão a risco no exterior e a escalada dos DIs futuros pesaram sobre o índice. Os contratos de DI para 2024 mostravam ontem uma expectativa para a Selic acima de 10,75%.

Nos EUA, os futuros dos principais índices das bolsas têm leve queda. O pregão de ontem foi bastante volátil, reflexo da fala de Jerome Powell, presidente do Fed, e das incertezas em relação conflito no Oriente Médio. Powell explicou que os últimos dados econômicos mostraram uma desaceleração no mercado de trabalho americano e redução das pressões inflacionárias. Ainda assim, o Banco Central americano estaria disposto a aumentar ainda mais a taxa de juros se a forte atividade econômica nos EUA provocar uma alta na inflação. O aumento da aversão a risco após as falas de Powell levaram a uma queda do S&P 500 e a um aumento das taxas dos títulos públicos americanos de 10 anos para quase 5%. A divulgação dos resultados do 3º trimestre de 2023 também trouxe volatilidade para o mercado, com as ações da Netflix subindo 16% e as da Tesla caindo 9,3%. Nesta quarta, o mercado continuará acompanhando os resultados corporativos, além dos discursos de dois membros do Fed, Patrick Harker e Loretta Mester.

Na Europa, as bolsas operam em queda. As bolsas europeias ainda repercutem a maior aversão a risco global, além dos resultados corporativos de empresas da região. No Reino Unido, as vendas no varejo caíram 0,9% em setembro, abaixo das estimativas de queda de 0,2%. Na Alemanha, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) caiu 0,2% em setembro, abaixo das estimativas do mercado de crescimento de 0,4%.

Na Ásia, as bolsas fecharam no negativo, seguindo o movimento de aversão a risco das bolsas ocidentais. Em Tóquio, o índice japonês Nikkei apresentou desvalorização de 0,54%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,72%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi recuou 1,69%. Na China continental, o Shangai Composto fechou em queda de 0,74%, e o Shenzen Composto caiu 0,96%. O Banco Popular da China decidiu manter a taxa preferencial de empréstimo do país em 3,45%. No Japão, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) apresentou alta de 0,3% em setembro. No acumulado dos últimos doze meses, o índice cresceu 3,0%.

No mercado de commodities, as cotações do petróleo operam em alta. Ainda que os EUA tenham reduzido as sanções da Venezuela em relação à exportação de petróleo, as incertezas causadas pelo conflito no Oriente Médio ainda são mais relevantes para o preço da commodity. O minério de ferro apresentou alta em Dalian no dia de hoje. O mercado repercutiu a decisão da China de manter o patamar atual dos juros no país.

SLC Agrícola conclui programa de recompra de ações. Ao todo, foram adquiridas 5 milhões de ações ordinárias, o que representa 2,21% do capital social da companhia.

Cemig comunica que a Fitch Ratings reafirmou os ratings corporativos da companhia em BB na escala global e AA+ na escala nacional. A perspectiva é de estabilidade. Segundo a Fitch, a preservação dos ratings reflete a sólida e diversificada base de ativos do grupo Cemig, seu robusto perfil financeiro e seu bom desempenho operacional no setor elétrico brasileiro.

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Banco do Brasil deve recomprar bônus perpétuos emitidos em 2014, no montante de US$ 746,8 milhões. De acordo com o banco, a operação de recompra será realizada com recursos provenientes de seu caixa e não trará impactos relevantes para os seus níveis de liquidez.

Ser Educacional anunciou o encerramento de sua 4ª emissão de debêntures. Ao todo foram captados R$ 200 milhões, que serão utilizados pela companhia para o alongamento de suas dívidas.

Embraer celebrou um contrato plurianual com a Luxair, companhia aérea do Grão-Ducado de Luxemburgo. A empresa vai fornecer suporte a quatro E-195-E2. O acordo oferecerá acesso a uma ampla gama de componentes reparáveis para os jatos que serão adicionados à frota da empresa. A solução também inclui a disponibilização de um variado escopo de peças diretamente na base de operações da Luxair.

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Veja o fechamento de dólar, euro e Bolsa na quinta-feira (19):

Dólar: -0,034%, a R$ 5,0523
Euro: +0,47%, a R$ 5,349
B3 (Ibovespa): -0,05%, aos 114.004,30 pontos

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