Tudo que você precisa saber antes de pegar dinheiro emprestado
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Pedir dinheiro emprestado nem sempre é um erro. Aliás, o crédito existe justamente para momentos em que você precisa antecipar um valor que ainda não tem — seja para lidar com um imprevisto, realizar um projeto ou organizar as contas. O problema é que, muitas vezes, ele é usado sem planejamento e vira um peso difícil de carregar.
Por isso, antes de entrar numa linha de crédito, é importante entender como ela funciona, porque existe e qual o melhor momento para usar.
Afinal, por que o crédito existe?
O crédito foi criado como uma ferramenta para ajudar pessoas e empresas a girarem a economia: você pega dinheiro emprestado com o compromisso de devolver com juros. Isso movimenta o mercado, mas também pode te prender se você não souber usar.
A lógica é simples: você antecipa um recurso, mas paga por isso. A grande questão é saber se vale a pena esse custo — e se o momento é o certo.
As principais linhas de crédito: como funcionam
Veja abaixo como funcionam as modalidades mais comuns e os cuidados que você deve ter com cada uma:
1. Cartão de crédito
O mais popular — e o mais mal utilizado. Ele oferece um limite que você pode usar para fazer compras, mas se não pagar o valor total da fatura, entra no crédito rotativo, que cobra juros altos. Ideal para parcelar compras planejadas. Péssima escolha para cobrir buracos no orçamento mês após mês.
2. Cheque especial
É aquele valor extra liberado automaticamente quando seu saldo zera. O problema é que ele tem um dos maiores juros do mercado. Pode quebrar um galho por poucos dias, mas não deve ser usado como renda extra.
3. Crédito consignado
O valor das parcelas é descontado diretamente do salário ou benefício do INSS. Isso dá mais segurança ao banco e, por isso, os juros são menores. Funciona bem para quem precisa de dinheiro emprestado e tem uma renda fixa. Mas atenção: comprometer parte do seu salário pode te deixar sem margem para o básico.
4. Financiamentos
Usado para comprar imóveis, carros ou pagar estudos. Nesse caso, o dinheiro não vai para sua conta, e sim para o vendedor do bem ou serviço. Os prazos costumam ser longos e os juros variam bastante, então é essencial comparar opções e simular cenários antes de fechar.
Quando vale a pena contratar crédito?
Antes de tudo, questione:
- Por que estou pegando esse crédito?
- Se eu não fizer isso agora, o que acontece?
- Quanto isso vai custar no total?
- Tenho como pagar as parcelas sem comprometer minha paz financeira?
Crédito não é vilão. Ele se torna um problema quando vira muleta para cobrir desorganização. Se for usar, que seja com estratégia e propósito.
A melhor hora para contratar crédito é quando ele ajuda a resolver algo importante, sem virar uma bola de neve depois. E, claro, quando você já tem um orçamento minimamente saudável e um plano de pagamento claro.
Não existe linha de crédito boa ou ruim — existe a que faz sentido para o seu momento. A chave está no autoconhecimento financeiro. Se você conhece seus números, sabe o que pode ou não assumir. Se não conhece, qualquer crédito pode virar um buraco difícil de sair.
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