Bolsas da Ásia e Europa despencam; Brasil tem inflação e EUA, ata do FOMC

Bom dia, investidor,
Veja os destaques desta semana:
- Guerra comercial derruba mercados asiáticos e europeus nesta segunda
- Terça-feira (8): IBGE detalha produção industrial regional
- Quarta-feira (9): Ata do Fed pode revelar temores inflacionários
- Quinta-feira (10): Serviços no radar do mercado
- Sexta-feira (11): IPCA e IBC-Br movimentam o mercado
Guerra comercial derruba mercados asiáticos e europeus nesta segunda
- As bolsas da Ásia começaram a semana em forte queda após o agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O índice Hang Seng, de Hong Kong, despencou 13,22%, no maior tombo desde a crise de 1997. Taiwan caiu 9,70%, enquanto Xangai e Shenzhen recuaram 7,34% e 10,79%, respectivamente. No Japão, o Nikkei perdeu 7,83%, e o sul-coreano Kospi, 5,57%.
- No mesmo horário, os índices futuros de Nova York também despencavam. O futuro do Dow Jones caía 2,2%, o do S&P 500 recuava 2,5% e o da Nasdaq, 3%, antecipando uma abertura negativa para as bolsas americanas nesta segunda-feira (7).
- A turbulência também atingiu a Europa. O índice pan-europeu STOXX 600 cedia 5,8% por volta das 4h da manhã (horário de Brasília), enquanto Frankfurt recuava 7,86% após perdas de mais de 10% durante alguns minutos. Paris abria em queda de 6,19%, Londres recuava 5,83%, Madri 3,6% e Milão 2,32%. Os futuros do EUROSTOXX 50 caíam 3,0%, os do FTSE 2,7% e os do DAX 3,5%. O índice dos bancos europeus já acumula queda de 20% desde seu pico mais recente.
- O pânico se espalha também para o mercado de commodities. Os preços do petróleo recuam com força, pressionados pelo risco de recessão global: o Brent cai US$ 1,35, a US$ 64,23 por barril, e o WTI perde US$ 1,39, cotado a US$ 60,60.
- A reação global vem após os EUA anunciarem tarifas de 20% sobre produtos da União Europeia e de 34% contra a China, que respondeu na sexta-feira com medidas idênticas. As tarifas americanas entram em vigor na quarta (9), e as chinesas, na quinta (10). A escalada comercial levanta temores de desaceleração da economia mundial, com o governo chinês já sinalizando cortes de juros para tentar amortecer os impactos.
Terça-feira (8): IBGE detalha produção industrial regional
- O IBGE divulga amanhã a Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-RG), com dados de fevereiro. A divulgação será importante para entender se a leve queda na produção nacional no período (-0,1%) foi generalizada ou concentrada em algumas regiões.
- No dado anterior, oito dos 15 estados pesquisados registraram crescimento, com destaque para Ceará (+7,9%) e São Paulo (+2,4%).
Quarta-feira (9): Ata do Fed pode revelar temores inflacionários
- O Federal Reserve publica na quarta a ata da última reunião do FOMC. Na ocasião, o banco central dos EUA manteve os juros estáveis e anunciou redução no ritmo de retirada de estímulos.
- A expectativa é que o documento traga detalhes sobre os impactos esperados das tarifas sobre a inflação e o crescimento econômico, além de possíveis mudanças na trajetória dos juros em 2025.
Quinta-feira (10): Serviços no radar do mercado
- O IBGE divulgará a Pesquisa Mensal de Serviços referente a fevereiro. Em janeiro, o setor recuou 0,2%, refletindo os efeitos de juros elevados e crédito restrito.
- O mercado estará atento a possíveis sinais de retomada ou aprofundamento da desaceleração. Informação e comunicação (+2,3%) foi um dos poucos segmentos que cresceu na última leitura.
Sexta-feira (11): IPCA e IBC-Br movimentam o dia
Dois dados de peso serão conhecidos na sexta:
- Inflação oficial (IPCA): A prévia (IPCA-15) mostrou alta de 0,64% em março, puxada por alimentos e combustíveis. O IPCA cheio vai confirmar se a inflação segue pressionada, especialmente com alimentos como ovo (+19,4%) e tomate (+12,6%) entre os vilões.
- IBC-Br: Considerado uma prévia do PIB, o indicador do Banco Central apontou alta de 0,9% em janeiro. Agora, os números de fevereiro vão indicar se a economia segue firme ou começa a desacelerar, como esperam os analistas, que projetam crescimento de 1,99% em 2025, bem abaixo dos 3,4% de 2024.
- Dólar: 3,68%, a R$ 5,836.
- B3 (Ibovespa): -2,96%, aos 127.256 pontos.
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