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Reportagem

Inflação desacelera em maio e as negociações entre EUA e China em destaque

Bom dia, investidor,

Veja os destaques desta terça (10):

  • IPCA desacelera para 0,26% em maio com queda dos alimentos
  • Negociações EUA-China entram no segundo dia em Londres
  • Haddad busca alternativas ao IOF com Lula

IPCA desacelera para 0,26% em maio com queda dos alimentos

  • O IPCA registrou alta de 0,26% em maio, desacelerando em relação aos 0,43% de abril, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. O resultado foi influenciado pelo grupo Habitação, que subiu 1,19% devido ao encarecimento da energia elétrica, compensado pela desaceleração dos alimentos (0,17% contra 0,82% em abril) e pela queda de 0,37% nos transportes.
  • A energia elétrica residencial disparou 3,62% no mês devido à implementação da bandeira tarifária amarela, que adiciona R$ 1,885 a cada 100 KWh consumidos. O aumento também reflete reajustes regionais e elevação das alíquotas de PIS/COFINS sobre o setor elétrico.
  • No grupo alimentação, o tomate recuou 13,52% com o avanço da safra de inverno, enquanto arroz (-4%), ovos (-3,98%) e frutas (-1,67%) também registraram quedas. Em contrapartida, batata-inglesa (10,34%) e cebola (10,28%) subiram por questões de oferta e dificuldades na importação argentina.
  • A inflação acumulada em 2025 chegou a 2,75%, com o índice em 12 meses atingindo 5,32%, ainda acima do teto da meta de 6%, mas em queda ante os 5,53% do período anterior. O resultado pode dar mais margem de manobra ao Banco Central nas próximas decisões sobre a taxa Selic.

Negociações EUA-China entram no segundo dia em Londres

  • As tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo seguem no centro das atenções. Representantes americanos e chineses se reúnem hoje para o segundo dia de negociações em Londres.
  • O foco das discussões está na exportação de tecnologia e no comércio de elementos de terras raras, setores estratégicos para ambos os países. O presidente Trump demonstrou otimismo ao comentar que está "recebendo notícias boas" sobre as conversas.
  • Para o Brasil, essas negociações são relevantes porque a China é nosso maior parceiro comercial, as tensões entre as superpotências afetam diretamente o fluxo de commodities, e a instabilidade geopolítica pode impactar o câmbio e os mercados emergentes.

Haddad busca alternativas ao IOF com Lula

  • O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne hoje com o presidente Lula para discutir as medidas que substituirão parte do polêmico decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
  • Após reunião com líderes do Congresso no domingo, Haddad anunciou uma "recalibragem" das alíquotas do IOF, sinalizando recuo na medida que gerou forte resistência no mercado. As alternativas em discussão incluem o aumento do Imposto de Renda sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) de 15% para 20% e a extinção da alíquota reduzida de CSLL para instituições financeiras, que passariam a pagar 15% em vez dos atuais 9%.As mudanças ainda precisam ser formalizadas via medida provisória e passar pelo crivo do Congresso Nacional.
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Veja o fechamento de dólar e Bolsa na segunda (9):

  • Dólar: -0,14%, a R$ 5,562.
  • B3 (Ibovespa): -0,30%, aos 135.699,38 pontos.

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