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Caixa errada, tapetinho: saiba o que pode barrar embarque do seu pet no voo
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A quantidade de animais domésticos transportados em aviões cresce a cada ano. Entretanto, alguns problemas podem barrar o embarque do pet. Veja as regras das empresas aéreas.
Relembre casos
Um dos casos recentes mais icônicos é o do coelho Alfredo. Ele foi barrado de embarcar em um voo internacional saindo de Guarulhos (SP) com destino à Europa, mesmo tendo autorização judicial para isso.
A recusa gerou uma confusão e briga generalizada. Dias depois, o animal de estimação chegava ao seu destino.
Também em 2021, um hamster foi barrado em um voo que saía do Brasil rumo à Europa. O animal era considerado de apoio e, segundo a empresa, a família que tentava viajar com o animal não havia conseguido comprovar que era essa a situação do animal.
Influencer chegou a fretar jato
Em 2022, o youtuber sueco Felix Kjellberg, conhecido como PewDiePie, fretou um jato para levar seu cão, Edgar, para o Japão. Ele relatou que as companhias aéreas não aceitaram transportar o cachorro na cabine de passageiros por ele ter mais de 10 kg.
O influencer também descartou a viagem no porão do avião. Segundo PewDiePie, como o animal é da raça pug, costuma ter problemas respiratórios, que poderiam se agravar no trajeto.
Principais motivos de recusa
Entre os principais motivos para um animal de estimação ter o embarque negado na hora do voo se destacam:
- O animal não estar com as vacinas em dia
- Ausência de tapete higiênico ou outro material absorvente no fundo da caixa de transporte para coletar fezes e urina e evitar que vazem
- Falta de atestado veterinário comprovando a saúde e a capacidade para viajar com o animal
- Caixa de transporte do pet fora de padrão
- Mais de um animal por caixa de transporte
- O animal estar doente
Exigências
Cada empresa tem regras próprias, que devem ser verificadas antes da hora da compra diretamente no site de cada uma (Azul, Gol, Latam e United). Entre os principais fatores a serem observados estão:
- Peso máximo do animal e da caixa de transporte (oscila entre o máximo de 7 kg e 10 kg os dois)
- Idade mínima
- Medidas da caixa de transporte (que devem levar em conta se o animal consegue ficar em pé com folga em algumas situações)
- Assentos onde é permitido voar com o pet
- Documentação e vacinas (e o prazo para cada um)
- Piso da caixa de transporte revestido com material absorvente para coletar urina e fezes (Como tapetinho ou fralda), evitando vazamento durante o voo
Em voos internacionais, ainda é preciso observar as regras de entrada de cada país, como é o caso dos EUA, que tem restrições sanitárias específicas.
Mercado cresce
As empresas aéreas vêm facilitando o transporte de animais em voos nos últimos anos.
Na Gol, foram transportados 87.484 pets em 2022. Isso inclui animais na cabine de passageiros com seus tutores e no compartimento especial para o transporte de animais das aeronaves.
No mesmo período, a Latam informa ter transportado 170 mil animais de estimação em todos os seus voos. Em novembro do ano passado, Felipe Masson, gerente geral de experiência do cliente da Azul, disse ao UOL que a empresa transportava cerca de 1.500 pets ao mês.
Aeroportos brasileiros também estão ganhando espaços especiais para os animais. É o caso dos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo.
Na capital paulista, a Gollog, braço da Gol, conta com um espaço dedicado aos animais. Ali, são disponibilizadas água e comida, além de um local para descanso antes e depois do voo.
Em Guarulhos, a empresa disponibiliza um parque em parceria com a Cobasi, rede de lojas de produtos para animais de estimação. No local, são permitidos apenas cães.
Em novembro do de 2022, a Azul e a marca de marca de alimentos para cães e gatos Purina passaram a oferecer serviço de bordo para os pets. O serviço, gratuito, inclui a distribuição de petiscos para cães e gatos.
Recomendações para voar
Bruna Stafoche, médica veterinária e professora da universidade Anhembi Morumbi, faz algumas recomendações para tornar a viagem com os pets mais tranquila.
Caixa de transporte: Seja rígida ou flexível, é importante que a caixa de transporte faça parte do dia a dia do animal, tornando ela um item de sua rotina, em um local onde ele costume ficar. Essa caixa, muitas vezes, só é apresentada ao pet durante experiências negativas, como ida ao veterinário ou viagens. A ideia é ele ter acesso sempre a ela, tornando-a um item agradável. Isso pode ser feito colocando petiscos ali dentro, um cobertor, transformando-a em uma cama, entre outras práticas.
Feromônios: A utilização de feromônios, principalmente para gatos, ajuda a tranquilizar os animais. Eles tendem a se sentir seguros nos locais onde esse odor (praticamente imperceptível aos humanos) é detectado. O feromônio pode ser usado desde antes da viagem, criando um clima mais favorável para o transporte.
Fornecimento de água durante o voo: Manter a hidratação durante a viagem é fundamental. Se possível, utilizar bebedouros de esfera, que não vazam e são mais práticos para serem utilizados nessas situações. Caso não seja do cotidiano do animal, também é importante acostumá-lo com esse tipo de utensílio antes da viagem.
Comida: Sempre deixar comida à disposição caso o animal viaje no porão ou na cabine. A falta de alimentos pode deixa-lo estressado.
Saúde: O animal deve estar saudável, com isso comprovado por meio de atestados.
Objeto de estimação: Colocar um objeto que o animal goste dentro da caixa de transporte, como um pano ou um brinquedo.
Tapete higiênico: Dentro das caixas é importante ter um tapete higiênico adequado ao porte e necessidades do animal. Vale levar reservas para alguma emergência.
Medicamento: Não é recomendado o uso de nenhum tipo de medicamento, como sedativos ou calmantes, que podem ter seus efeitos potencializados com o estresse e o voo.
Treinamento: Meses antes da viagem é indicado que o animal passe a ser treinado para que o trajeto seja feito com o mínimo de estresse para o animal.
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