Velho? Avião que caiu em SP tinha 44 anos. Qual a validade de uma aeronave?

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O avião que caiu na manhã desta sexta-feira (7) na região central de São Paulo foi fabricado em 1981. Diante de sua idade, de 44 anos, algumas pessoas começaram a questionar nas redes sociais se ele ainda seria seguro para voar.
Ocorre que a idade de um avião não pesa tanto quanto em outros meios de transporte. Sua idade é, basicamente, pela quantidade de ciclos de voo, que consistem em um pouso e uma decolagem cada.
Manutenção é o que importa
A idade do avião não define sua segurança. O que realmente importa é que sua manutenção esteja em dia.
Um avião de 30 anos de idade, por exemplo, dificilmente terá peças com essa idade. Como em um avião comercial, apenas estrutura da fuselagem são as originais, praticamente.
Durante a vida de um avião, motores podem ser trocados, assim como instrumentos, interior, peças que controlam as superfícies, trens de pouso etc. Novas tecnologias trazem benefícios, além de ser mais econômicas no geral.
Assim, um avião antigo é tão seguro para voar quanto um novo. O que realmente importa é estar com a manutenção em dia.
O que define a troca?
As peças dos aviões precisam ser trocadas de acordo com um determinado padrão. Pneus, por exemplo, costumam durar uma quantidade determinada de pouso.
Outras peças têm de ser trocadas segundo as horas usadas em voo. Já outras, conforme os ciclos de pouso e decolagem do avião.
Qual a validade de uma aeronave?
Alguns aviões comerciais de grande porte podem ter uma vida que chega a 75 mil ciclos de pousos e decolagens, por exemplo. Aviões menores, que tendem a voar menos tempo entre os destinos, são feitos para operar mais ciclos, enquanto aqueles que realizam longas viagens, menos ciclos.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) mantém fiscalização sobre as oficinas e empresas para garantir que as manutenções estejam em dia. Caso haja algum problema, as aeronaves podem perder o certificado de aeronavegabilidade, ou seja, não poderão mais voar até estarem regulamentadas.
Aviões da década de 1930
No Brasil, ao menos três aviões da década de 1930 continuam em situação regular para voar, segundo dados da Anac. São exemplares dos modelos, Taylor J-2 Cub, Stinson SR-9FM Reliant e Piper J3 Cub, fabricados em 1936, 1937 e 1938, respectivamente.
Todas essas aeronaves são consideradas aeronavegáveis apesar da sua idade.
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