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Segurança de Congonhas é tema na Netflix: Veja curiosidades do aeroporto

No dia 23 de abril, a Netflix irá lançar a série documental "Congonhas - Tragédia Anunciada". Nela, será abordado o acidente ocorrido no dia 17 de julho de 2007, quando um avião que chegava de Porto Alegre não conseguiu pousar na pista e bateu em um prédio do outro lado da avenida (veja aqui o que mudou na segurança do aeroporto desde o acidente).

Na ocasião, 199 pessoas morreram, e o debate sobre o possível fechamento do aeroporto voltou à tona. Hoje, com investimentos bilionários da administradora espanhola Aena, essa possibilidade se mostra como algo remoto, ainda mais em um aeroporto considerado o segundo mais movimentado do país e o 7º mais movimentado da América Latina em número de passageiros.

Veja a seguir algumas das principais curiosidades do aeroporto.

Congonhas em números

  • O aeroporto registrou cerca de 23 milhões de passageiros em 2024.
  • As três principais rotas do país estão em Congonhas, ligando o aeroporto na capital paulista às cidades do Rio de Janeiro, de Brasília (DF) e de Confins (MG).
  • Foram 186.896 decolagens apenas em 2024.
  • 70% dos passageiros que circulam por lá tem como origem ou destino o próprio aeroporto, enquanto 30% são de voos de conexão.
  • São 232 mil pousos e decolagens por ano.
  • A área é de 1,5 km².
  • Ele possui apenas um terminal de passageiros.
  • Sua pista principal, dedicada à aviação regular, tem 1.883 metros de comprimento. O aeroporto ainda possui uma pista auxiliar, que é menor, com 1.345 metros, e é dedicada à aviação geral (jatos particulares, táxi aéreo, entre outros).

Concessão

O aeroporto era administrado pela Infraero. Desde 2023, sua administração passou para a espanhola Aena, que venceu a sétima rodada de concessões para administrar 11 aeroportos em diversos estados no ano anterior.

Nome oficial

O nome completo do aeroporto é Aeroporto de São Paulo/Congonhas — Deputado Freitas Nobre. O título homenageia desde 2017 o ex-deputado federal José Freitas Nobre, político brasileiro defensor da anistia (daquela época, e não que está sendo debatida hoje contra os criminosos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023) e do movimento "Diretas Já".

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História do nome

Segundo a Infraero, o nome do aeroporto é uma homenagem ao Visconde de Congonhas do Campo, Lucas Antônio Monteiro de Barros (1823-1851). Ele foi o primeiro governante da Província de São Paulo após a Independência do Brasil (1822).

Esse também é o nome de uma erva-mate comum da região de Congonhas do Campo, cidade natal de Monteiro de Barros, em Minas Gerais.

Quase centenário

O aeroporto completou 89 anos em 2025. Após estudos iniciados no ano anterior, em 1936 o aeroporto foi inaugurado na região da Vila Congonhas, distrito de Campo Belo.

Longe para a época

Hoje abraçado pela cidade, o aeroporto nasceu em uma região distante do centro da cidade. Isso, inclusive, foi considerado motivo de crítica, já que a capital paulista contava com outro aeroporto mais bem localizado, o Campo de Marte. Ele, entretanto, sofria com constantes alagamentos.

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Nos anos seguintes, o local passou por um processo de ampliação, com a desapropriação de terrenos no entorno.

Era para ter três pistas

O aeroporto deveria ter três pistas, em vez das duas atuais. Entretanto, estudos indicavam que seria necessária apenas uma pista para atender à demanda local.

Com isso, até o fim da construção da pista principal, na década de 1950, uma pista provisória foi utilizada ao lado dela. Com o tempo, essa pista se tornou a pista auxiliar, usada até hoje.

Pavilhão de autoridades

O aeroporto conta com um pavilhão de autoridades, onde, geralmente, o presidente da República embarca em seus voos quando está de passagem por São Paulo. Mas o local não é exclusivo da presidência.

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Diversas autoridades e militares frequentam o local quase diariamente enquanto aguardam seus voos.

Tombamentos

Três áreas do aeroporto são tombadas. São elas:

  • O pavilhão de autoridades
  • O terminal de embarque e desembarque de passageiros
  • A estrutura de madeira em arco triarticulado do hangar histórico que foi usado pela Real Transportes Aéreos, pela Varig e, mais recentemente, pela Gol (até a desapropriação para a realização das obras de expansão do aeroporto).

Sem voos noturnos

Após anos de discussões, o aeroporto parou de operar à noite para minimizar o impacto sonoro nas áreas vizinhas. Assim, seu horário de funcionamento ficou estabelecido como das 6h às 23h.

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Fora desse horário, ele só recebe aviões militares e operações aeromédicas.

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