Risco de incêndio: 3 perigos escondidos em casa e como prevenir
26/11/2019 18h15
Dentro de casa, no dia a dia, nem sempre pensamos que pequenas ações podem ser arriscadas. Afinal, estamos focados demais na rotina, no trabalho e cuidados com os filhos. Mas em atos corriqueiros, como ligar um eletrodoméstico, podem morar riscos invisíveis que, se não estivermos atentos, causam sérios danos e até incêndios. Dentre as principais causas de incidentes domésticos estão sobrecarga em instalações elétricas e falhas humanas — seja por descuido, desconhecimento ou negligência.
O que é possível fazer para prevenir? Conheça 3 principais pontos de atenção em casa e dicas para evitar acidentes:
1. Instalações elétricas
Redes elétricas precisam de atenção. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), em 2018, 38% dos acidentes de origem elétrica registrados, 541 casos, resultaram em incêndios por sobrecarga da rede. Destes, 99% tiveram como causa o curto-circuito. As principais causas são projetos elétricos malfeitos (os conhecidos "gatos"), instalações elétricas antigas, falta de manutenção, uso de uma mesma tomada para diversos equipamentos.
Para prevenir, fique atento se tomadas estão esquentando regularmente, disjuntores estão desarmando com frequência. Se as instalações possuem mais de cinco anos, está na hora de fazer a manutenção. Além disso, evite usar a mesma tomada para conectar muitos equipamentos simultaneamente, isso pode sobrecarregar a rede, provocando curtos-circuitos e superaquecimento.
Outra escolha que aumenta a segurança é substituir as velas por luzes de emergência, que funcionam em caso de interrupção da rede elétrica.
2. Instalações de gás
São dois os principais modos de utilizar gás em casa: GLP (gás liquefeito de petróleo), como é chamado o gás de cozinha de botijões; e o GN (gás natural), que é o gás encanado. Nos dois casos, o perigo está nos vazamentos. Se o gás, que é inflamável, se espalha num ambiente fechado, qualquer fonte de calor pode dar início a um incêndio. No caso do GLP, que é mais pesado que o ar, o gás tende a se acumular próximo ao chão, entrando em canaletas, ralos, o que aumenta o risco de explosões. No caso do GN, que é mais leve que o ar, o gás vai para o teto e se dissipa mais rapidamente com as janelas abertas.
Para evitar acidentes, a recomendação do corpo de bombeiros é instalar botijões sempre em locais externos, abertos e bem ventilados. Compre sempre de revendas autorizadas. No caso de gás encanado, busque instalação especializada. Verifique regularmente se há vazamentos: passe um pouco de espuma de sabão ao redor da saída de gás. Se formar bolhas, é um sinal de vazamento que precisa ser resolvido imediatamente. Para aquecedores, é indicado mantê-lo limpo e regulado. Ao sentir cheiro de gás, não acenda nem apague luzes (qualquer faísca pode resultar em incêndios); abra portas e janelas para que o gás se dissipe. Cheque se a válvula está fechada corretamente e, caso o problema persista, faça uma revisão do sistema de gás.
3. Distração
Acidentes inesperados durante ações cotidianas, como passar roupa ou esquentar uma água no fogão, também podem causar incêndios. Por isso, é preciso cuidados básicos. Ao passar roupa, nunca deixe o ferro apoiado em cima de tecidos. Sempre posicione o equipamento na vertical. Crie o hábito de tirar da tomada assim que terminar de passar, ou toda vez que precisar se afastar temporariamente do local.
Ao cozinhar, tome cuidado ao deixar panelas com o fogareiro aceso. Mantenha panos e papéis distantes do fogo, e evite deixar tecidos perto do forno quando ligado. É importante ainda afastar líquidos inflamáveis, como álcool, de fontes de calor. Tome cuidado com o óleo quente, pois se for aquecido durante muito tempo, pode pegar fogo. Caso isso ocorra, não jogue água na panela, pois pode provocar um choque térmico, gerando explosão.
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