Dólar fecha em queda de 1,27%, a R$ 2,393, com cenário eleitoral
O dólar comercial fechou em queda de 1,27% nesta segunda-feira (13), cotado a R$ 2,393 na venda, após duas altas seguidas.
A moeda encerrou a semana passada com perdas de 1,55%.
Os investidores continuaram de olho no cenário eleitoral.
Contexto político
Pesquisa do Instituto Sensus divulgada no fim de semana mostrou o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, com 58,8% dos votos válidos, contra 41,2% da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.
Segundo operadores consultados pela agência de notícias Reuters, o levantamento pode sugerir que o tucano pode crescer também em pesquisas do Datafolha e do Ibope, que são mais acompanhadas pelo mercado. Novos levantamentos desses dois institutos devem ser divulgados nesta semana.
"É uma questão de expectativas. Mesmo se a pesquisa não for muito precisa, as chances de ele (Aécio) ter ganhado força aumentaram", afirmou um superintendente de câmbio à Reuters, para quem o mercado de câmbio deve continuar instável nas próximas semanas, ainda sensível à corrida eleitoral.
A percepção de que o candidato do PSDB estaria em trajetória positiva ganhou mais força após a candidata derrotada do PSB, Marina Silva, declarar apoio a Aécio, ainda de acordo com a Reuters.
Intervenções no mercado de câmbio
As atuações do Banco Central no mercado de câmbio também influenciaram o resultado desta sessão.
O BC manteve seu programa de intervenções diárias, com as novas regras anunciadas em junho, vendendo os 4.000 novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados. Deles, 2.000 têm vencimento em 1º de junho de 2015, e os outros 2.000 são para 1º de setembro do próximo ano.
O BC também realizou mais um leilão para rolar os contratos de swap que vencem em 3 de novembro. Foram vendidos 8.000 swaps: 900 para 3 de agosto de 2015, e 7.100 para 1º de outubro do próximo ano.
A operação movimentou o equivalente a US$ 393,1 milhões. Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 3,541 bilhões, ou cerca de 40% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 8,84 bilhões.
Quadro internacional
No mercado externo, preocupações com a economia global e incertezas sobre quando o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estado Unidos) começará a elevar as taxas de juros no país fizeram com que o dólar se desvalorizasse em relação a outras moedas.
"As preocupações com a fraqueza do crescimento global progrediram ao ponto em que estão começando a beneficiar os mercados emergentes de câmbio e juros", escreveram analistas do Credit Suisse em nota a clientes, explicando que isso se deve às demonstrações de que o Fed está atento à "desaceleração na Europa e seu impacto sobre o dólar".
Nesse fim de semana, autoridades do Fed sinalizaram que, dependendo da economia global, podem demorar mais para elevar a taxa de juros nos EUA. A alta dos juros preocupa investidores brasileiros, pois poderia atrair para lá recursos atualmente investidos em países onde os rendimentos são maiores, como é o caso do Brasil.
(Com Reuters)
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