Dólar tem 2ª queda seguida e fecha valendo R$ 3,101

O dólar comercial teve a segunda queda seguida nesta terça-feira (9). A moeda norte-americana caiu 0,29%, a R$ 3,101 na venda. Com isso, o dólar se mantém no menor valor de fechamento desde o dia 25 do mês passado, quando encerrou a sessão valendo R$ 3,098. 

Na véspera, o dólar havia caído 1,29%. 

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Cenário nacional

A queda de hoje foi influenciada por expectativas de entrada de dólares no país diante das recentes captações corporativas no Brasil.

A Petrobras (PETR4) emitiu no início do mês US$ 2,5 bilhões em um raro título de cem anos, na primeira investida da companhia no mercado internacional de capitais desde o estouro da operação Lava Jato. Ontem, a Embraer (EMBR3) emitiu US$ 1 bilhão em papeis com vencimento em 2025.

Essa expectativa é confirmada também pela elevação da taxa básica de juros (Selic) feita pelo Banco Central. Na quinta-feira, será divulgada a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que deve trazer mais pistas sobre possíveis novas altas na Selic. Quanto mais alto os juros, mais atrativo fica investir aqui.

O anúncio do programa de infraestrutura feito pelo governo federal nesta manhã também trouxe otimismo.

Cenário externo

Uma maior queda do dólar foi impedida pela preocupação sobre a possibilidade de elevação dos juros nos Estados Unidos já em setembro.

Indicadores econômicos fortes sobre a economia dos Estados Unidos e declarações de autoridades do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) têm alimentado expectativas de que os juros comecem a subir a partir de setembro.

Nesse contexto, os rendimentos dos títulos de dez anos dos EUA atingiram o maior nível em sete meses nesta sessão, diminuindo a atratividade de papéis brasileiros.

Atuação do BC no câmbio

No Brasil, o BC vendeu a oferta total de até 7.000 swaps cambiais (contratos equivalentes à venda futura de dólares) em leilão para rolar parte dos contratos que vencem em julho.

O BC já rolou o equivalente a US$ 2,053 bilhões, ou cerca de 23% do lote total, que corresponde a US$ 8,742 bilhões.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

(Com Reuters)