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Dólar cai 1,35% e fecha abaixo de R$ 3,90, no menor valor deste ano

Do UOL, em São Paulo

02/03/2016 17h13Atualizada em 02/03/2016 17h13

dólar comercial caiu mais de 1% pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira (2). A moeda norte-americana fechou em queda de 1,35%, a R$ 3,888 na venda. 

É o menor valor de fechamento desde 29 de dezembro, quando o dólar valia R$ 3,877. 

Na véspera, a moeda já havia caído 1,56%. 

China e petróleo

Investidores continuavam otimistas por expectativas de estímulos econômicos na China. Com isso, eles colocavam recursos em negócios de maior risco e em mercados emergentes, como o Brasil.

O otimismo continuou mesmo diante da leva de dados fracos sobre a economia chinesa e após a agência de classificação de risco Moody's piorar sua perspectiva para a nota de crédito do país.

Também contribuiu para o otimismo a recuperação dos preços do petróleo, diante de expectativas de congelamento da produção global.

Política brasileira

No Brasil, fatores políticos também deram força ao recuo do dólar. O empresário Léo Pinheiro, ex-presidente e sócio da empreiteira OAS, decidiu fazer acordo de delação premiada, segundo a Folha.

De acordo com o jornal, o empresário deve relatar casos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dar informações sobre o pagamento de dívidas de campanha da presidente Dilma Rousseff de 2010 para a agência Pepper.

Alguns investidores acham que isso aumenta as chances de impeachment, o que consideram positivo, e decidiram vender dólares. Outros, porém, entendem que as incertezas geram um quadro desfavorável ao ajuste da economia.

"No fundo, o noticiário político é o que dá o tom. O mercado está muito sensível, tem muito boato, muito rumor", disse Glauber Romano, operador da corretora Intercam, à agência de notícias Reuters. 

BC decide juros

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decide nesta quarta-feira, após o fechamento dos mercados, a Selic, taxa básica de juros do país. Esse é o segundo encontro do Copom neste ano.

A taxa está em 14,25% ao ano desde julho do ano passado e, segundo a maioria dos analistas, deve ser mantida nesse nível.

(Com Reuters)