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Bolsa sobe e se mantém no maior nível em 7 meses; Petrobras emenda 10ª alta

Do UOL, em São Paulo

11/03/2016 18h57Atualizada em 11/03/2016 18h57

Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta sexta-feira (11) em alta de 0,14%, a 49.638,68 pontos. Com isso, a Bolsa continua no nível mais alto em 7 meses, desde 6 de agosto do ano passado, quando teve pontuação de 50.011,32.

Foi a segunda alta seguida da Bovespa. Na semana, o índice avançou 1,13%. No mês, acumula valorização de 15,99% e, no ano, de 14,51%.

A crise política se agravou nesta semana, com o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Investidores aguardam os desdobramentos das manifestações contra o governo e a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff em várias cidades do país, previstas para domingo (13).

Mercado x política

Na quinta, o Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia contra Luiz Inácio Lula da Silva e pediu a prisão preventiva do ex-presidente. Acusações contra o ex-presidente e membros do PT, partido da presidente Dilma Rousseff, têm sido encaradas como positivas por alguns investidores e gerado otimismo no mercado.

Eles apostam que as denúncias aumentam a probabilidade de impeachment de Dilma e que a mudança no governo ajudaria o país a recuperar sua credibilidade perante o mercado.

Outros analistas ressaltam, porém, que a perspectiva de turbulências políticas causa instabilidades e não há garantia de que uma eventual troca de presidente traria um quadro mais favorável para a economia brasileira.

Ação da Petrobras sobe há 10 dias

Foi o 10º pregão seguido de alta das ações preferenciais da Petrobras, em dia de avanço do preço do petróleo no mercado internacional. 

Os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4), com prioridade na distribuição de dividendos, avançaram 1,76%, para R$ R$ 8,09. Em dez sessões, o papel acumula ganhos de 66,12%.

Já as ações ordinárias da Petrobras (PETR3), com direito a voto em assembleia, fecharam em alta de 2,85%, a R$ 10,09. Elas fecharam em baixa de segunda a quarta-feira desta semana. 

BB salta mais de 6%

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) subiram 6,28%, a R$ 22,85.

As ações do Bradesco (BBDC4) tiveram alta de 3,56%, a R$ 26,77, e as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) subiram 0,84%, a R$ 32,33.

Os papéis dos bancos foram influenciados pelos desdobramentos do cenário político.

Ações do setor elétrico avançam

As ações da Copel (CPLE6), a Companhia Paranaense de Energia, tiveram a maior valorização do dia, com alta de 8,92%, a R$ 28,58. 

Também avançaram as ações da Cemig (CMIG4), estatal mineira de energia. Elas subiram 7,69%, a R$ 7,70. 

Oi tomba mais de 10%

Na outra ponta da Bovespa, os papéis da empresa de telefonia Oi tombaram mais de 10% nesta sexta. 

As ações da Oi (OIBR4) caíram a 8,96%, a R$ 1,22. 

Dólar cai abaixo de R$ 3,60

No mercado de câmbio, o dólar comercial emendou a quarta queda seguida e fechou em baixa de 1,38%, a R$ 3,591 na venda. É o menor valor desde 28 de agosto de 2015, quando havia terminado o dia valendo R$ 3,585.

Nas últimas nove sessões, a moeda perdeu valor em oito. Na véspera, a queda foi de 1,5%.

Na semana, a moeda acumulou desvalorização de 4,51% --foi a terceira seguida de recuou. A queda acumulada no mês é de 10,30% e no ano, de 9,04%.

Bolsas internacionais

As principais Bolsas da Europa fecharam em alta acentuada, influenciadas pelos novos estímulos do Banco Central Europeu e pela recuperação dos preços do petróleo.

  • Itália: +4,80%;
  • Espanha: +3,69%;
  • Alemanha: +3,51%;
  • França: +3,27%;
  • Portugal: +2,49%;
  • Inglaterra: +1,71%

As Bolsas da Ásia e do Pacífico também terminaram o dia com alta.

  • Hong Kong: +1,08%;
  • Cingapura: +0,7%;
  • Taiwan: +0,52%;
  • Japão: +0,5%;
  • Austrália: +0,32%
  • China: +0,16%;
  • Coreia do Sul: +0,11%

(Com Reuters)