Bolsa cai 1,55% com rumores sobre Lula; Petrobras tomba 8,5% após 10 altas
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, operou perto da estabilidade durante boa parte do dia, mas passou a cair durante a tarde e acelerou a queda no final da sessão, em meio a rumores de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia assumir um ministério no governo de Dilma Rousseff. A Bolsa fechou esta segunda-feira (14) em baixa de 1,55%, a 48.867,34 pontos.
Na sexta-feira (11), a Bolsa havia fechado no nível mais alto em 7 meses, aos 49.638,68 pontos.
A queda de hoje foi puxada, principalmente, pelas ações da Petrobras, que despencaram mais de 8%. Elas haviam subido nas últimas dez sessões. O desempenho negativo das ações da Vale e dos bancos Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil também influenciaram a queda da Bolsa.
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Petrobras cai, após 10 altas
Os papéis da Petrobras foram influenciados pelo cenário político no país e pela queda do preço do petróleo no mercado global.
Os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4), com prioridade na distribuição de dividendos, recuaram 8,53%, a R$ 7,40, interrompendo uma sequência de dez altas.
As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), com direito a voto em assembleia, fecharam queda de 5,45%, a R$ 9,54.
Vale fecha em queda
As ações ordinárias da Vale (VALE3) recuaram 3,1%, a R$ 13,44. Já as ações preferenciais da Vale (VALE5) caíram 4,43%, a R$ 9,70.
Os papéis foram influenciados pela queda dos preços do minério de ferro na China.
BB cai 2,5%
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) caíram 2,46%, a R$ 22,20.
As ações do Bradesco (BBDC4) tiveram perdas de 0,64%, a R$ 26,60, e as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) desvalorizaram-se 0,46%, a R$ 32,18.
Dólar sobe 1,7% e fecha a R$ 3,652
No mercado de câmbio, o dólar comercial começou a semana em alta, interrompendo uma sequência de quatro quedas. A moeda norte-americana fechou com valorização de 1,71%, a R$ 3,652 na venda.
É a maior alta percentual diária desde 16 de fevereiro, quando o dólar havia subido 1,86%.
Na sexta-feira (11), o dólar havia fechado no menor valor desde 28 de agosto de 2015, a R$ 3,591. Na semana passada, acumulou queda de 4,51%.
Cenário político
A Bolsa acelerou a queda no final da sessão, após rumores de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode assumir um ministério no atual governo. Isso poderia tirar força de eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff, segundo analistas.
A “Folha de S.Paulo” publicou em seu site que a presidente aguarda um telefonema de Lula confirmando que aceita ser ministro.
Investidores também avaliavam os desdobramentos políticos após as manifestações contra o governo no domingo, que também marcaram críticas à oposição.
As manifestações de domingo antecedem a retomada da análise, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de recursos apresentados pela Câmara dos Deputados contra o processo de impeachment. A sessão está marcada para quarta-feira.
Ainda no fim de semana, houve a convenção nacional do PMDB, na qual o partido anunciou que em até 30 dias irá avaliar pedidos de saída do governo ou, pelo menos, a declaração de independência das bancadas no Congresso.
Bolsas internacionais
As Bolsas de Valores da Europa fecharam em alta, com exceção da Itália, que fechou quase estável.
- Alemanha: +1,62%
- Portugal: +1,55%
- Inglaterra: +0,57%
- Espanha: +0,57%
- França: +0,31%
- Itália: -0,03%
As Bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em alta, seguindo o resultado positivo da China.
- China: +1,76%
- Japão: + 1,74%
- Hong Kong: +1,17%
- Cingapura: +0,64%
- Taiwan: +0,48%
- Austrália: +0,37%
- Coreia do Sul: +0,04%
(Com Reuters)
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