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Dólar fecha em alta, a R$ 3,638, com atuação do BC e desembarque do PMDB

Do UOL, em São Paulo

29/03/2016 17h10Atualizada em 29/03/2016 17h10

dólar comercial fechou esta terça-feira (29) em alta de 0,34%, valendo R$ 3,638 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 1,51%.

Apesar da alta no dia, o dólar acumula queda de 9,13% no mês e de 7,85% no ano.

Atuação do BC

O Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. Nesta sessão, o BC vendeu 19.520 dos 20 mil contratos de swap reverso, que equivale à compra futura de dólares. Essa foi a quinta operação desse tipo neste mês.

Além disso, o BC não fez leilão de rolagem de swaps tradicionais, que são o oposto dos swaps reversos e equivalem à venda futura de dólares.

"O BC está sinalizando que quer conter a desvalorização do dólar e que vai agir quando a moeda cair demais [como na véspera]", disse Ricardo Gomes da Silva, operador da corretora Correparti, à agência de notícias Reuters. Dólar barato demais pode prejudicar exportadores brasileiros.

Crise política

Investidores continuavam atentos ao cenário político brasileiro.

Nesta tarde, o PMDB oficializou o rompimento com o governo. A decisão, segundo analistas do mercado, pode aumentar as chances de aprovação de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O anúncio já era esperado desde a véspera, quando o então ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB) entregou pedido de demissão do cargo.

Alguns operadores veem a saída de Dilma do Palácio do Planalto como um passo para a recuperação da economia brasileira, enquanto outros ressaltam que as turbulências políticas tendem a dificultar o ajuste econômico.

Juros nos EUA

Investidores também olhavam para o cenário internacional.

Em discurso nesta terça-feira, a presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Janet Yellen, disse que a instituição deve agir "cautelosamente" em relação a alta dos juros no país.

Isso ajudou a diminuir as expectativas de novos aumentos nos juros em breve.

Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente aplicados em economias emergentes, como o Brasil.