Dólar sobe e fecha a R$ 3,473, com confirmação do impeachment e ação do BC
O dólar comercial fechou esta quinta-feira (12) em alta de 0,79%, a R$ 3,473 na venda, após o Senado aprovar o afastamento da presidente Dilma Rousseff e com o Banco Central atuando no mercado.
Com isso, a moeda norte-americana quebra uma sequência de duas quedas. Na véspera, o dólar havia caído 0,61%.
Apesar da alta, o dólar ainda acumula queda de 0,86% na semana. No mês, tem alta de 0,95% e, no ano, desvalorização de 12,04%.
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Dilma afastada
Na manhã desta quinta, após mais de de 20 horas de sessão, o Senado aceitou o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Dilma deixa a Presidência um ano e quatro meses depois de assumir seu segundo mandato.
O afastamento já era esperado pelos investidores, por isso o dólar não sofreu grandes alterações durante a sessão, disseram operadores do mercado à agência de notícias Reuters.
"Agora é a vez da realidade, de 'o que fazemos agora?'", afirmou o economista da consultoria 4Cast Pedro Tuesta.
Meirelles na Fazenda
No início da tarde, o presidente interino Michel Temer anunciou o nome de 21 ministros que vão compor sua equipe. Como também já era esperado, Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central no governo Lula, foi oficializado como ministro da Fazenda.
A nomeação de Meirelles é vista como positiva pelo mercado por unir habilidade política e conhecimento técnico.
Investidores, agora, aguardavam o primeiro pronunciamento de Temer como presidente interino. Há expectativa de anúncio de medidas para equilibrar as contas públicas e criar empregos.
Atuações do BC
O dólar também foi influenciado pelas atuações do Banco Central no mercado de câmbio. O BC voltou a fazer leilões de swap cambial reverso (equivalentes à compra futura de dólares).
Muitos operadores entendem que o BC não quer o dólar abaixo de R$ 3,50 para não prejudicar as exportações e, assim, as contas externas do país em um momento de recessão econômica.
(Com Reuters)
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