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Dólar fecha em queda de 2,12%, abaixo de R$ 3,30, após cinco altas seguidas

Do UOL, em São Paulo

08/07/2016 17h06

dólar comercial fechou esta sexta-feira (8) em baixa de 2,12%, cotado a R$ R$ 3,294 na venda, após cinco altas seguidas. Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 0,87%

Apesar da queda no dia, o dólar termina a semana com valorização de 1,91%. No ano, no entanto, a moeda tem perda acumulada de 16,55%.

Rombo de R$ 139 bilhões

Investidores estavam otimistas após o governo divulgar a previsão de rombo de Rrombo de R$ 139 bilhões nas contas públicas em 2017nbsp;139 bilhões nas contas públicas em 2017. Apesar de alto, o valor é menor que o resultado negativo de R$ 170,5 bilhões previsto para este ano.

Essa redução levou investidores a enxergarem um sinal de comprometimento do governo com o ajuste fiscal.

Preocupações com a possibilidade de o presidente interino, Michel Temer, contentar-se com uma meta pouco ambiciosa haviam contribuído para a alta o dólar frente ao real nas últimas cinco sessões.

Ausência do BC

Depois de atuar no mercado de câmbio por cinco sessões seguidas, o Banco Central não realizou hoje leilões de swap reverso, que equivalem à compra futura de dólares.

De maneira geral, investidores entendem que o BC quer evitar exageros e entrou no mercado para reduzir o ritmo de desvalorização do dólar após marcar a maior queda mensal em 13 anos.

"O BC estava agindo como principal comprador de dólares no mercado brasileiro. Em um dia como hoje, em que tudo aponta para baixo, a ausência do BC chama atenção", resumiu o operador de um banco nacional.

Emprego nos EUA

Também contribuiu para a queda do dólar nesta sessão a divulgação de dados sobre o mercados e trabalho nos Estados Unidos.

A criação de empregos nos EUA avançou, em junho, mais do que esperado por analistas, que interpretaram o dado como mais uma evidência de que a economia norte-americana recuperou ritmo.

O dado alimentou o apetite por aplicações mais arriscadas em todo o mundo, com operadores apostando que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ainda evitará subir os juros enquanto avalia as consequências da decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia.

(Com Reuters)