Dólar tem segunda queda e fecha a R$ 3,274, à espera de votação na Câmara
O dólar comercial fechou esta quarta-feira (13) em queda de 0,71%, cotado a R$ 3,274 na venda. É a segunda baixa seguida da moeda norte-americana, que havia caído 0,36% na véspera.
Apesar da baixa de hoje, o dólar ainda acumula alta de 1,9% no mês. No ano, no entanto, a moeda acumula desvalorização de 17,06%.
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Eleição na Câmara
Investidores estavam atentos e adotavam cautela antes da eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, que deve acontecer ainda nesta quarta-feira.
Na véspera, a bancada do PMDB decidiu que terá candidatura própria e escolheu o deputado Marcelo Castro (PI), ex-ministro da Saúde de Dilma, como postulante oficial do partido, contra a vontade do Palácio do Planalto.
Mesmo assim, operadores ainda apostam que o presidente interino, Michel Temer, terá mais facilidade que sua antecessora, a presidente afastada, Dilma Rousseff, para aprovar medidas de ajuste fiscal no Congresso. Essa perspectiva vem contribuindo para aumentar a procura por aplicações brasileiras.
"O tom continua positivo, mas temos um evento importante hoje. Muita gente fica com um pé atrás de operar antes da eleição na Câmara", disse à agência de notícias Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Atuação do BC
O Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio, o que evitou que a queda do dólar fosse maior.
Nesta sessão, o BC vendeu a oferta total de 10 mil contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra futura de dólares, repetindo a operação que realizou em todas as sessões deste mês, exceto na sexta-feira passada.
Otimismo no exterior
Investidores continuavam otimistas em relação ao cenário internacional, com esperanças de estímulos econômicos no Japão e no Reino Unido.
Nas últimas três sessões, a perspectiva de medidas de governos e bancos centrais vem se sobrepondo às preocupações com o impacto econômico da opção britânica por deixar a União Europeia (UE), tomada no fim do mês passado.
Com isso, investidores estavam mais dispostos a colocar recursos em aplicações de maior risco, em especial nos países emergentes, como o Brasil.
(Com Reuters)
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