Dólar sobe mais de 2% e fecha a R$ 3,317, maior valor em dois meses
O dólar comercial fechou esta terça-feira (13) em alta de 2,09%, a R$ 3,317 na venda. É o maior valor de fechamento desde 07 de julho, quando a moeda norte-americana havia fechado a R$ 3,366.
Na véspera, o dólar havia fechado em queda de 0,94%.
Com isso, o dólar acumula alta de 1,12% na semana e valorização de 2,71% no mês. No ano, no entanto, a moeda acumula queda de 15,99%.
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Contexto externo
No mercado externo, o clima era de pessimismo. O mercado foi influenciado pela queda do preço do petróleo. Um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) com previsões pessimistas sobre o crescimento da procura por petróleo derrubou os preços do barril.
Investidores também procuravam investimentos mais seguros, antes da próxima reunião do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano). A expectativa é de que o BC dos EUA não suba a taxa de juros na semana que vem.
Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em países onde os rendimentos são maiores, como no Brasil.
Mas para evitar surpresas, investidores compravam dólar -considerado um investimento de baixo risco-, fazendo com que o preço da moeda subisse.
Além disso, investidores estavam atentos a notícias sobre a saúde da candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton.
"A doença fez reduzir as apostas de uma eleição dela e crescer as chances de Donald Trump (republicano) e o mercado está atento", disse um operador à agência de notícias Reuters.
Cenário nacional
No Brasil, o mercado repercutia a cassação do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha na noite de segunda-feira (12).
Investidores monitoravam notícias sobre uma possível delação do ex-parlamentar e suas consequências para o governo de Michel Temer.
Em entrevista após a cassação, na segunda-feira, Cunha negou que vá fazer delação premiada, mas culpou o governo pela perda de seu mandato.
Ainda no cenário nacional, o anúncio do plano de privatizações pelo governo no final da manhã foi aguardado, mas não chegou a influenciar os mercados.
Atuação do BC
Nesta sessão, o Banco Central brasileiro atuou no mercado de câmbio. Ao todo, foram vendidos 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares.
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