Bolsa sobe, supera 75 mil pontos e renova recorde; na semana, ganha 3,66%
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta sexta-feira (15) em alta de 1,47%, a 75.756,52 pontos, maior nível da história. Na véspera, a Bolsa terminou o dia em queda de 0,18%, após três dias seguidos de recordes.
Com isso a Bolsa acumula alta de 3,66% na semana, a oitava consecutiva de valorização.
A sessão foi influenciada, principalmente, pelo desempenho positivo dos papéis da mineradora Vale (+0,54%), e dos bancos Itaú Unibanco (+1,87%), Banco do Brasil (+1,46%) e Bradesco (+2,13%). Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
As ações da JBS (+3,03%) também terminaram o dia em alta, diante das expectativas pela troca de comando da empresa, após a prisão do presidente-executivo, Wesley Batista.
Dólar fecha quase estável, a R$ 3,115
O dólar comercial fechou esta sexta-feira quase estável, com leve queda de 0,03%, cotado a R$ 3,115 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,72%. Com isso, o dólar acumulou valorização de 0,65% na semana.
Os investidores seguiam cautelosos em relação ao cenário político, um dia depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter feito a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. A avaliação dos investidores é de que Temer conseguirá barrar nova denúncia no Congresso, como já fez na primeira ocasião, o que alivia um pouco as tensões.
O Banco Central vendeu integralmente a oferta de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) no primeiro leilão para rolagem do vencimento de outubro.
O que explica o recorde da Bolsa?
Segundo especialistas, os mercados estão otimistas com algumas notícias:
Queda dos juros: o Banco Central baixou os juros para 8,25% ao ano. Analistas esperam que a taxa básica (Selic) caia para 7% até o fim do ano, favorecendo a retomada da atividade econômica.
Dados econômicos positivos: A atividade econômica em julho cresceu 0,41% na comparação com junho, segundo o IBC-Br, considerado uma "prévia" do PIB (Produto Interno Bruto). O resultado foi melhor que o esperado por analistas consultados pela agência de notícias Reuters (0,1%). A produção industrial de julho também superou as estimativas do mercado.
Vitórias no Congresso: na última semana, o Congresso concluiu votações importantes para o governo: aprovou o aumento do rombo nas contas públicas deste ano e do próximo, para R$ 159 bilhões, e a criação da nova taxa de juros do BNDES, com menos subsídios da União.
Reviravolta na delação da JBS: O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu rescindir o acordo de colaboração dos delatores da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud e oferecer denúncia contra eles por obstrução de Justiça. A delação da JBS serviu de base para a primeira denúncia contra o presidente Michel Temer.
Reforma da Previdência: A percepção dos investidores é a de que o governo ainda tem forças para avançar sua agenda de reformas, como a da Previdência, apesar da nova denúncia contra o presidente Michel Temer.
Depoimento de Antonio Palocci e eleições de 2018: as afirmações do ex-ministro Antonio Palocci sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afetam a imagem de Lula e podem influenciar o cenário eleitoral para 2018, favorecendo um candidato de continuidade.
(Com Reuters, Bloomberg e Valor)
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