Dólar sobe a R$ 3,758, maior valor em quase um mês; Bolsa cai após recorde
O dólar comercial fechou em alta de 0,83% nesta terça-feira (6), cotado a R$ 3,758 na venda, na segunda valorização seguida. É o maior valor de fechamento em quase um mês, desde 11 de outubro (R$ 3,779).
Após bater recorde, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 1,04%, a 88.668,92 pontos, interrompendo uma sequência de quatro altas.
Na véspera, o dólar havia subido 0,89%, a 3,727 na venda, e a Bolsa havia ganhado 1,33%, chegando ao maior nível de sua história.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
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Petrobras cai 3%
Nesta terça, investidores aproveitaram a valorização recente da Bolsa para vender ações e embolsar os ganhos. Também afetou o mercado a divulgação dos resultados trimestrais de diversas empresas com ações na Bolsa.
A queda do Ibovespa foi puxada principalmente pelos papéis da Petrobras, que caíram 3,44%. A estatal informou lucro de R$ 6,64 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 25 vezes na comparação com o mesmo período do ano passado, mas abaixo das expectativas do mercado.
As ações da Vale (-0,52%) e do banco Bradesco (-1,08%) também caíram.
Magazine Luiza tomba mais de 8%
A maior queda do dia foi registrada pela varejista Magazine Luiza, cujas ações perderam 8,36% após a companhia divulgar aumento de 29,3% no lucro no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Transição de governo
Internamente, investidores seguiam monitorando o noticiário político, em dia de visita do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), a Brasília. O deputado federal voltou a dizer que espera a aprovação, ainda em 2018, de "alguma coisa" da reforma da Previdência que está em tramitação na Câmara.
Seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, também falou sobre a expectativa de aprovação da proposta neste ano. Segundo ele, a aprovação da reforma e a formalização da independência do Banco Central levarão a economia brasileira a crescer até 3,5% em 2019.
Cenário externo
O mercado de câmbio foi afetado pelo cenário externo, em meio às expectativas sobre o resultado das eleições parlamentares nos Estados Unidos. Analistas preveem que o partido Republicano, do presidente Donald Trump, manterá o controle do Senado enquanto os democratas devem ficar com a maioria na Câmara.
No caso de um Congresso dividido, é improvável que qualquer novo estímulo fiscal seja adotado nos próximos anos, dizem especialistas.
Atuação do BC
O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 2,04 bilhões do total de US$ 12,217 bilhões que vencem em dezembro.
(Com Reuters)
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