Bolsa cai 1% após tombo do mercado chinês; dólar sobe e fecha a R$ 3,958
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou o dia em queda de 1,04%, a 95.008,66 pontos, em meio a preocupações no mercado após o tombo de mais de 5% da Bolsa chinesa. Foi a maior queda do índice brasileiro em quase três semanas, desde 17 de abril, quando o Ibovespa caiu 1,11%.
O dólar comercial fechou o dia em alta de 0,48%, cotado a R$ 3,958 na venda. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Trump ameaça subir taxa a produtos chineses
Em uma reviravolta inesperada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que vai aumentar as tarifas dos EUA sobre produtos chineses esta semana. A declaração, publicada em seu perfil no Twitter, fez com que a Bolsa da China registrasse a maior queda diária em mais de três anos.
Até então, investidores apostavam que a China e os EUA estariam se aproximando de um acordo para encerrar uma guerra comercial de meses que desacelerou o crescimento global e abalou mercados financeiros. Na semana passada, Trump havia falado que as negociações comerciais com Pequim estavam indo bem.
A declaração do presidente norte-americano, que ocorreu poucos dias antes da retomada das negociações em Washington, gerou uma busca por investimentos mais seguros. Autoridades chinesas disseram que a viagem aos EUA está mantida, mas que ainda estão no processo de entender a situação, sem dizer se o vice-premiê, Liu He, que é a principal autoridade da China nas negociações, fará parte da delegação, como planejado originalmente.
Mercado de olho na reforma da Previdência
No Brasil, o mercado acompanha os próximos passos da reforma da Previdência. Para amanhã, está previsto o início dos trabalhos na comissão especial da Câmara dos Deputados, colegiado onde se encontra atualmente a proposta.
"Espera-se avanços [nos debates sobre a reforma], mas a dúvida é sobre o nível de desidratação [da proposta] que será necessário para esses avanços... Não tem muito otimismo no ar", disse à agência de notícias Reuters o operador de câmbio da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.
Ele afirmou, ainda, que o consenso entre participantes do mercado ainda é de aprovação da reforma, embora se pense em uma economia bem abaixo do valor que o mercado espera, de R$ 1 trilhão em dez anos.
BC decide juros esta semana
Na quarta-feira, o Banco Central anuncia sua decisão de política monetária. O mercado prevê que a taxa básica de juros (Selic) será mantida no patamar atual de 6,5%.
Na sessão de hoje, o BC vendeu todos os 5.050 swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, rolando assim US$ 757,5 milhões de um total de US$ 10,089 bilhões com vencimento em julho.
(Com Reuters)
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