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Dólar cai 1,2%, a R$ 3,976, menor valor em 2 semanas; Bolsa sobe 0,18%

Do UOL, em São Paulo

29/05/2019 17h12

O dólar comercial terminou o dia em queda de 1,2%, voltando a ser cotado abaixo de R$ 4 depois de quase duas semanas. A moeda fechou valendo R$ 3,976 na venda, no segundo dia de recuo seguido. Em 16 de abril, em meio a tensões políticas no Brasil e no exterior, o dólar fechou acima da barreira dos R$ 4 pela primeira vez desde as eleições presidenciais do ano passado.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,18%, a 96.566,55 pontos, na terceira alta seguida. É a maior pontuação de fechamento desde 8 de abril (97.369,29 pontos).

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Pacto entre 3 Poderes anima mercados

O pacto firmado ontem entre o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, serviu para alimentar o otimismo entre participantes do mercado nesta sessão.

Também colaborou para o sentimento a aprovação da medida provisória da reforma administrativa pelo Senado, mantendo o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) no Ministério da Economia. Com isso, não há mais risco de a medida cair, embora ainda restem outras que precisem ser votadas.

A percepção é que o acordo entre os Poderes tira do caminho obstáculos que poderiam ser um entrave à aprovação da reforma da Previdência e outras importantes pautas econômicas.

"Agora, o mercado começa a ter uma posição mais positiva com relação ao que pode acontecer com a aprovação da reforma da Previdência, algumas outras medidas importantes vão ser votadas. O mercado começou a dar credibilidade para a aprovação da agenda", disse à agência de notícias Reuters o diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante.

Guerra comercial gera cautela no exterior

No exterior, agentes financeiros estavam cautelosos em meio a novo atrito entre Estados Unidos e China, após jornais chineses alertarem que o país está pronto para usar terras raras como retaliação em uma guerra comercial com os Estados Unidos.

As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos usados em tudo, desde eletrônicos de alta tecnologia até equipamentos militares. A perspectiva de que seu valor pudesse subir como resultado da guerra comercial causava uma elevação acentuada das ações de produtores.

(Com Reuters)

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