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Dólar tem 3ª queda e fecha a R$ 3,857, menor valor em 2 meses; Bolsa sobe

Do UOL, em São Paulo

04/06/2019 17h17Atualizada em 04/06/2019 18h22

O dólar comercial terminou o dia em queda de 0,83%, cotado a R$ 3,857 na venda, no terceiro recuo seguido. É o menor valor para a moeda em quase dois meses, desde 10 de abril, quando o dólar fechou valendo R$ 3,824. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,37%, a 97.380,28 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Braskem despenca 17%; Sabesp dispara

As ações da Braskem despencaram 17,11% após a companhia holandesa LyondellBasell anunciar que desistiu de comprar a parte da Odebrecht na petroquímica.

Na maior alta do Ibovespa no dia, as ações da Sabesp subiram 10,96%, depois da aprovação de um novo projeto de atualização do Marco Legal do Saneamento Básico em uma comissão do Senado. A proposta é considerada essencial para uma eventual privatização da empresa paulista de água e esgoto.

Petrobras e Vale sobem

Os papéis da Petrobras fecharam em alta de 0,81%. Também subiram Banco do Brasil (1,63%), Bradesco (0,52%) e Vale (0,57%). Por outro lado, o banco Itaú Unibanco caiu 0,17%.

Essas empresas têm grande peso no Ibovespa.

Reformas no radar

Investidores viram com bons olhos a aprovação ontem pelo Senado da Medida Provisória 871, conhecida como "MP do pente-fino", com regras mais duras para a revisão de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A votação fortaleceu visão que vem ganhando força no mercado nas últimas semanas, de que o governo está melhorado a articulação com o Congresso.

O entendimento é que um maior comprometimento de ambas as partes pavimenta o caminho para a aprovação da reforma da Previdência, que tramita atualmente na Câmara dos Deputados.

Juros baixos nos EUA

Também tem ajudado os indicadores financeiros do Brasil a expectativa de que o Fed (Federal Reserva, o banco central norte-americano), pode baixar os juros do país em meio à tensão comercial entre os Estados Unidos e outros países.

O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a disputa comercial pode afetar a economia do país e que isso deixa a entidade atenta. A declaração abriu margem para a interpretação de que o banco pode baixar os juros numa tentativa de não enfraquecer mais a economia local.

Juros mais baixos nos EUA significam retornos menores de aplicações no país, o que tende a levar mais investimentos para outros países, como o Brasil.

Em maio, tanto EUA quanto China anunciaram aumento de tarifas sobre produtos comercializados entre si, o que pode ter grande impacto nas exportações globais.

Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, adicionou mais um capítulo à guerra comercial ao afirmar que deve impor tarifas de importação também sobre produtos mexicanos, caso o país vizinho não trabalhe para combater a imigração ilegal.

Atuação do BC

O BC vendeu todos os 5.050 contratos de swap cambial tradicional ofertados em rolagem do vencimento julho.

Em 24 operações, o BC já rolou US$ 6,06 bilhões, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.

(Com Reuters)

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