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Ações da Petrobras sobem e aéreas fecham em baixa com disparada do petróleo

Fumaça é vista após fogo em instalação na cidade de Abqaiq, na Arábia Saudita - Stringer/Reuters
Fumaça é vista após fogo em instalação na cidade de Abqaiq, na Arábia Saudita Imagem: Stringer/Reuters

Do UOL, em São Paulo

16/09/2019 18h27Atualizada em 16/09/2019 18h32

Resumo da notícia

  • Preços do petróleo dispararam no mercado internacional após ataques a instalações da companhia petrolífera Aramco, da Arábia Saudita, no último sábado
  • As ações da Petrobras subiram 4,52%, a R$ 31
  • Companhias aéreas tiveram as maiores baixas do dia no Ibovespa: a Azul fechou em queda de 8,45%, a R$ 47, e a Gol recuou 7,77%, a R$ 32,05
  • Ibovespa encerrou o dia com alta de 0,17%, a 103.680,41 pontos.
  • Dólar comercial fechou o dia quase estável, com leve alta de 0,06%, a R$ 4,09 na venda

Os preços do petróleo dispararam no mercado internacional após ataques a instalações da companhia petrolífera Aramco, da Arábia Saudita, no último sábado, terem reduzido pela metade a produção local. Isso teve impactos também na Bolsa brasileira, com reflexos positivos para a Petrobras, mas negativos para as companhias aéreas, que gastam muito com combustíveis.

As ações da Petrobras subiram 4,52%, a R$ 31. As companhias aéreas tiveram as maiores baixas do dia no Ibovespa: a Azul fechou em queda de 8,45%, a R$ 47, e a Gol recuou 7,77%, a R$ 32,05. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o dia com alta de 0,17%, a 103.680,41 pontos.

O dólar comercial fechou o dia quase estável, com leve alta de 0,06%, a R$ 4,09 na venda. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Petróleo salta quase 15%

Os preços do petróleo dispararam quase 15%, com o Brent registrando seu maior ganho percentual diário em mais de 30 anos e volumes recordes de negócios.

Os contratos futuros do petróleo Brent, valor de referência internacional, fecharam a US$ 69,02 por barril, avançando US$ 8,80, ou 14,61%, em seu maior ganho percentual em um único dia desde pelo menos 1988.

Já os futuros do petróleo dos Estados Unidos encerraram a sessão a US$ 62,90 o barril, alta de US$ 8,05 dólares, ou 14,68% — maior avanço percentual diário desde dezembro de 2008.

Os negócios com os futuros do Brent superaram 2 milhões de lotes, maior volume diário da história, disse a porta-voz da Intercontinental Exchange (ICE), Rebecca Mitchell.

Mais cedo, o petróleo Brent chegou a disparar quase 20%, a US$ 71,95. Foi a maior alta durante o dia desde 14 de janeiro de 1991, durante a Guerra do Golfo. O petróleo nos Estados Unidos chegou a subir 15,5%, para US$ 63,34, maior alta durante o dia desde 22 de junho de 1998.

Ao longo do dia, o petróleo continuou em alta, mas menos, depois que o presidente Donald Trump autorizou o uso de estoques de emergência dos EUA.

Companhia atacada não dá previsão de normalização

A Arábia Saudita é o maior exportador global de petróleo, além de ter uma grande capacidade ociosa, o que tem feito do reino um fornecedor de última instância por décadas. O ataque a instalações da petroleira estatal Saudi Aramco para processamento de petróleo, em Abqair e Khurais, reduziu a produção em 5,7 milhões de barris por dia.

A companhia não deu uma previsão de quando deve retomar a produção total. Duas fontes com conhecimento das operações da Aramco disseram que isso "pode levar meses".

"O ataque à infraestrutura de petróleo saudita veio como um choque e uma surpresa para um mercado que não vinha operando com volatilidade e focava mais no aspecto da demanda do que em oferta", afirmou Tony Hendrick, analista de mercados de energia da corretora CHS Hedging.

(Com Reuters)

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