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Dólar sobe 1,83%, a R$ 4,168, após decisão sobre Lula; Bolsa cai 1,78%

Do UOL, em São Paulo

08/11/2019 17h00Atualizada em 08/11/2019 18h34

O dólar comercial emendou a terceira alta seguida e fechou o dia com valorização de 1,83%, a R$ 4,168 na venda, maior valor desde 17 de outubro (R$ 4,17). Na semana, a moeda acumulou avanço de 4,33%, na maior alta semanal em mais de um ano, desde 24 de agosto de 2018 (4,85%).

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o dia em queda de 1,78%, aos 107.628,98 pontos. Na semana, a baixa acumulada foi de 0,52%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Decisão do STF

O dia foi marcado pela desconfiança política após decisão do STF, que beneficia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde o ano passado. Lula cumpre pena após condenação em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá.

Ontem, por seis votos a cinco, o STF retomou entendimento de que réus só podem cumprir pena depois de esgotados todos os recursos. Após a decisão, a Justiça autorizou a saída do ex-presidente da prisão. O petista pode deixar a Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba ainda hoje.

"Os ruídos políticos trazem uma certa cautela em semana marcada pelo leilão decepcionante do pré-sal", disse Pablo Spyer, diretor da Mirae Assets à agência de notícias Reuters. "Diminuiu o ímpeto otimista da queda do dólar."

Nesta sexta-feira, a corretora H. Commcor afirmou em nota que "as reações no mercado tendem a ser negativas, tanto pela sensação de insegurança jurídica quanto pelo chamado 'risco Lula'".

"Nesse último aspecto, deve-se expor primeiramente a potencial instabilidade política adicional que a esquerda [fortalecida] promete, tanto em atritos com a atual gestão [politicamente fraca] quanto em termos da disputa presidencial para 2022", disse.

Guerra comercial

No exterior, o mercado viu incertezas sobre um acordo entre Estados Unidos e China.

Declarações de autoridades dos EUA e da China geraram altas expectativas sobre o acordo comercial entre os países para reverter as tarifas sobre os produtos um do outro. Mas, segundo a agência de notícias Reuters, autoridades da Casa Branca se opõem à revogação de tarifas sobre Pequim.

(Com Reuters)

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