Bolsa opera em alta de quase 4%; dólar cai, vendido abaixo de R$ 5,11
Depois de passar toda a manhã em baixa, a Bolsa passou a subir na tarde desta quinta-feira, acompanhando o cenário mais positivo nos mercados nos Estados Unidos. Por volta das 16h30, o Ibovespa subia 3,61%, a 69.312,71 pontos. Na véspera, a Bolsa despencou mais de 10% e chegou a ser interrompida, no sexto "circuit breaker" em dez dias.
No mesmo horário, o dólar comercial recuava 1,77%, a R$ 5,106 na venda. Ontem, o dólar fechou em alta de 3,94%, a R$ 5,199 na venda, mesmo com a atuação do Banco Central. Foi o maior valor nominal (sem considerar a inflação) de fechamento desde a criação do Plano Real.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Ações dos países não animam mercado
No exterior, as Bolsas dos EUA subiam, apesar de preocupações com uma eventual recessão econômica em razão das medidas para conter a propagação da Covid-19.
"Os mercados continuam a contrabalançar as incertezas da profundidade e duração das atuais interrupções nos negócios e medidas de estímulo que estão sendo adotadas pelos formuladores de políticas", afirmou a equipe do Goldman Sachs, em nota.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que pediu à agência responsável por alimentos e medicamentos dos EUA, a FDA, que agilize os processos para acelerar o desenvolvimento de tratamentos para a Covid-19. "Temos que remover todas as barreiras", disse ele.
Na ação mais recente para estabilizar os mercados financeiros em pânico, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), abriu linhas de swap com bancos centrais em mais nove países, entre eles o Brasil, para garantir que o sistema financeiro mundial dependente do dólar continue funcionando.
No Brasil, corte de juros e medidas de emergência
O Banco Central brasileiro informou que não existe contrapartida à linha de swap de US$ 60 bilhões com o BC norte-americano e que ela será usada para incrementar os fundos disponíveis para as operações que tentam disponibilizar mais dólares no mercado e conter o avanço da moeda norte-americana.
Mais cedo, o governo mandou fechar fronteiras terrestres com Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Paraguai, Peru e Suriname para o ingresso de estrangeiros, por 15 dias, devido ao crescimento da epidemia de coronavírus.
O mercado nacional também repercute a decisão do BC de cortar a Selic em 0,5 ponto, para 3,75%, menor nível da história. A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) segue a tendência mundial de reduzir juros para tentar estimular a circulação de dinheiro na economia.
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira o pedido de reconhecimento de calamidade pública enviado pelo governo em função da epidemia do coronavírus. A matéria agora vai ao Senado. Se confirmada, a aprovação dá mais fôlego para medidas anticrise, pois libera o governo para descumprir a meta de déficit primário.
Também ontem, o plenário da Câmara aprovou a Medida Provisória (MP) 899/2019, que trata da negociação de dívidas tributárias. A expectativa do governo é regularizar a situação de 1,9 milhão de contribuintes, que devem R$ 1,4 trilhão nessa modalidade. A matéria também segue para análise do Senado.
(Com Reuters)
Veja mais economia de um jeito fácil de entender: @uoleconomia no Instagram.
Ouça os podcasts Mídia e Marketing, sobre propaganda e criação, e UOL Líderes, com CEOs de empresas.
Mais podcasts do UOL em uol.com.br/podcasts, no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e outras plataformas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.