Bolsa vira e tem queda de 1,85%; tombo de 19% na semana é o pior desde 2008
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, chegou a subir durante parte do dia, mas virou e fechou em queda de 1,85%, aos 67.069,36 pontos. Ontem, a Bolsa fechou o dia com valorização de 2,15%, aos 68.331,80 pontos. Na semana, a Bolsa acumula tombo de quase 19% (18,88%), no pior desempenho desde a semana encerrada em 10 de outubro de 2008 e quinto resultado semanal negativo seguido. Em março, as perdas já chegam a 35,62% e no ano, a 42%.
A instabilidade nos mercados acionários globais continua elevada, já que os casos da covid-19 continuam a subir no mundo, com mais de 10 mil mortes já registradas. Nem os anúncios de estímulos monetários e fiscais por vários países têm conseguido frear as quedas nas Bolsas mundiais.
Em contrapartida, o dólar comercial emendou a segunda baixa seguida e fechou o dia em queda de 1,50%, cotado a R$ 5,027. Apesar da queda no dia, na semana o dólar saltou 4,46%, maior valorização desde agosto de 2018. Em março, a alta chega a 12,19% e no ano, a 25,28%.
Brasil quase zera previsão para alta do PIB
O governo brasileiro praticamente zerou hoje a expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano. O Ministério da Economia cortou a projeção de 2,1% para 0,02%. Há dez dias, o governo já havia reduzido a previsão de crescimento da economia, de 2,4% para 2,1%.
A redução drástica da previsão mostra a rápida deterioração das expectativas em meio ao avanço do coronavírus e seu dramático impacto na economia.
Ainda assim, a previsão do governo é mais otimista do que a do mercado. Alguns analistas projetam que o PIB pode não crescer em 2020, outros avaliam que o risco de recessão global é real.
Medidas do governo brasileiro
Ontem, o Ministério da Economia anunciou novo auxílio à população afetada por redução de jornada de trabalho e renda. Quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.090) e tiver o salário reduzido receberá mensalmente 25% do seguro-desemprego. O benefício irá variar entre R$ 261,25 e R$ 381,22.
A medida é vista por empresários como uma boa iniciativa para evitar demissões e falências. O governo também anunciou antecipação do BPC (Benefício de Prestação Continuada) para pessoas com deficiência na fila do INSS.
De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, o governo está tomando todas as medidas cabíveis em relação à pandemia de coronavírus e espera que em sete ou oito meses o Brasil possa voltar à normalidade.
* Com Reuters
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