Dólar opera em alta de mais de 1%, perto de R$ 5,83; Bolsa cai
O dólar comercial operava em alta de mais de 1%, e a Bolsa caía. Por volta das 15h30, a moeda norte-americana avançava 1,59%, a R$ 5,831 na venda, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, recuava 0,91% a 79.536,34 pontos.
Na última sessão, na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 1,71%, a R$ 5,74 na venda, e a Bolsa subiu 2,75%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Relaxamento do isolamento no exterior
Nesta sessão, os mercados internacionais observavam com cautela a reabertura gradual de grandes economias. Na Alemanha, houve aumento nas infecções por coronavírus após o relaxamento das medidas de isolamento, o que minava as esperanças de uma retomada rápida das atividades.
"A detecção de novos casos de vírus elevou os alertas e fez com que a retomada da atividade sofresse novos reveses", disse em nota a Infinity Asset.
"Isso pode não evitar o retorno das atividades em algumas localidades do hemisfério norte, porém dá o sinal de que o tratamento vacinal continua a única solução crível para o vírus no curto prazo, e, enquanto isso não acontecer, o vaivém pode ser mais constante."
Veto à permissão para aumento a servidores
No cenário doméstico, o clima de incerteza política também pesava na valorização do dólar.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello decidiu no sábado levantar o sigilo do vídeo de uma reunião ministerial somente para os envolvidos no inquérito do STF que investiga as acusações do ex-ministro Sergio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro estaria tentando interferir politicamente na Polícia Federal.
"Localmente, o mercado aguarda que o barulho político do fim de semana não atrapalhe os rumos dos vetos do presidente, em especial do aumento do funcionalismo, essencial neste momento de pandemia", acrescentou a Infinity Asset.
Bolsonaro afirmou que vai vetar no projeto de auxílio aos estados aprovado pela Congresso o trecho que permite aumento salarial a algumas categorias de servidores. O veto foi recomendado ministro da Economia, Paulo Guedes. A permissão de aumento para algumas categorias, como policiais, foi articulada pela base governista, com aval do próprio presidente Bolsonaro.
* Com Reuters
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