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Bolsa perde 1,57%; dólar fecha em queda de 0,57%, a R$ 5,284, após 2 altas

Do UOL, em São Paulo

04/08/2020 17h07

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda de 1,57% nesta terça-feira (4), a 101.215,87 pontos. O dólar comercial encerrou com desvalorização de 0,57%, após duas altas seguidas, cotado a R$ 5,284 na venda.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Tensão EUA X China

Novos desdobramentos na disputa entre Estados Unidos e China levantavam temores sobre as relações diplomáticas e comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, citou supostos riscos de segurança nacional apresentados pelo aplicativo chinês TikTok, a Microsoft declarou formalmente no domingo interesse na compra das operações norte-americanas da empresa, o que provocou indignação nas redes sociais da China.

A briga vem na esteira de outros conflitos entre EUA e China, como o fechamento de consulados e divergências em relação a uma lei de segurança imposta sobre Hong Kong.

Ainda nos EUA, democratas e republicanos do Congresso continuam distantes em relação aos próximos passos nas negociações de um pacote de estímulo econômico, que se torna cada vez mais urgente em meio à disparada de casos de coronavírus no país.

Mais de 155 mil pessoas já morreram por complicações ligadas à covid-19 nos EUA, o maior número entre todos os países do mundo. Os casos subiram semana após semana em 20 estados.

Juros no Brasil

No Brasil, a produção industrial cresceu 8,9% em junho sobre o mês anterior, depois de alta de 8,2% em maio, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE, sugerindo que o pior do efeito econômico da pandemia pode ter ficado para trás, embora o desempenho não compense as perdas no ápice do isolamento social. Em relação a junho do ano passado, a produção industrial caiu 9%.

"O dado reforça a tese de recuperação da economia que se iniciou ao longo de maio e se consolidou na medida em que deixamos para trás patamares extremamente deprimidos de atividade", disse o estrategista-chefe do banco digital Modalmais, Felipe Sichel.

Ainda no cenário doméstico, segundo analistas, as expectativas giravam em torno da reunião de política monetária do Banco Central, com boa parte projetando corte da taxa básica de juros, a Selic, ao nível mínimo de 2%.

Há tempos os agentes do mercados citam os juros baixos no Brasil como um fator de impulso para o dólar. A redução sucessiva da Selic afetou rendimentos locais atrelados à taxa de juros, tornando o país menos interessante para o investidor estrangeiro quando comparado a outros emergentes de risco semelhantes e maior rentabilidade.

*Com Reuters