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Bolsa emenda 6ª alta e vai a 105.066 pontos; dólar fica estável em R$ 5,393

Cris Fraga/Estadão Conteúdo
Imagem: Cris Fraga/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

10/11/2020 17h20Atualizada em 10/11/2020 18h17

Puxado pelos papéis da Petrobras e de bancos, o Ibovespa emendou hoje sua sexta alta consecutiva, encerrando o dia aos 105.066,96 pontos (+1,50%). É o maior patamar de fechamento desde 29 de julho, quando o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) terminou o pregão aos 105.605,17 pontos.

Já o dólar se manteve praticamente estável, cotado a R$ 5,393 (+0,04%) na venda, em uma sessão ainda influenciada pela vitória de Joe Biden nos Estados Unidos e pelas notícias positivas sobre a vacina contra a covid-19 da Pfizer.

Este é o segundo dia seguido de estabilidade para a moeda norte-americana, que ontem registrou leve queda de 0,04%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Eleições nos EUA e vacina

Investidores seguem otimistas quanto à clareza sobre a vitória eleitoral de Biden sobre o presidente Donald Trump. Ao mesmo tempo, a taxa de sucesso de mais de 90% da vacina da Pfizer ajuda a impulsionar o sentimento, com o mercado esperançoso de que o controle da pandemia poderá ajudar na recuperação global.

Mesmo com notícias positivas vindas do exterior, Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas, avalia que a moeda norte-americana deve permanecer em um intervalo entre R$ 5,35 e R$ 5,40, ressaltando que, no pregão anterior, o mercado de câmbio doméstico se mostrou muito especulativo depois que o dólar se aproximou dos R$ 5,20.

"O mercado deve continuar acompanhando o que vai acontecer [em relação à trama política nos EUA], e o dólar não deve ter a oscilação que teve ontem", disse Cavalcante à Reuters.

Enquanto isso, no Brasil, o foco permanecia na saúde das contas públicas, com investidores buscando saber como será o comportamento fiscal do país diante dos fortes gastos provocados pela pandemia. Um dos principais temores é de que o governo não consiga conciliar o financiamento de um programa de assistência social — como o Renda Cidadã — a um Orçamento apertado para 2021.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou ontem que o Congresso não deve votar o Orçamento de 2021 ainda neste ano, e que isso poderá afetar o rating do Brasil nas agências de classificação de risco. A notícia foi citada por vários analistas como possível fator de pressão para o real.

A suspensão dos testes da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science, foi apontada pelos mercados locais como ponto de atenção.

(Com Reuters)